Devido aos altos custos da saúde e diversos fatores que você ficará por dentro neste informativo, a contribuição do SaneSaúde foi reajustada em 15% para manter o equilíbrio e a disponibilidade dos serviços do plano aos beneficiários e dependentes.
Os planos de saúde no Brasil foram e continuam sendo impactados pela pandemia da Covid-19, posteriormente com a retomada das atividades presenciais, registrando expressivo aumento dos índices de sinistralidade, ou seja, os gastos em relação às receitas das operadoras de saúde.
Essa elevação dos gastos ocorreu devido ao aumento da frequência de utilização para todos os procedimentos médicos/hospitalares/odontológicos, ainda sobre o efeito da demanda reprimida e nova atenção à saúde pós pandemia, por parte dos beneficiários.
Sinistralidade para o segmento da saúde, significa a relação entre o custo das despesas assistenciais e o valor das mensalidades recebidas pelas operadoras de planos de saúde. Para haver equilíbrio, a conta entre despesas e receitas deve ser no mínimo iguais.
Segundo dados divulgados pela ANS- Agência Nacional de Saúde para o ano de 2022, o setor somou prejuízo operacional de R$ 11,5 bi, representando 12,5% maior do que o registrado em 2021, assumindo a posição de maior perda registrada desde o ano de 2001. No mercado a média da sinistralidade é próxima a 90%, sem considerar as despesas administrativas e operacionais das operadoras, sendo que o ideal para o setor seria uma sinistralidade abaixo de 75%. O cenário econômico mundial também influenciou no aumento dos custos da saúde, como por exemplo, a indexação de medicamentos, equipamentos e insumos da cadeia atrelados ao dólar.
Houve crescimento no número de operadoras com prejuízos operacionais, em 2019 havia 171 operadoras nesta situação, para o ano de 2022 foram 236 operadoras (representa 34% das operadoras médicos-hospitares).
Segundo expectativas de mercado é esperado para o ano de 2023 que os reajustes de planos coletivos empresariais superem o patamar de 25%.
Outro ponto apontado pelo mercado de saúde suplementar, o qual merece atenção, é estimado que até 1/3 das despesas médicas no Brasil derive de má utilização por parte de beneficiários e prestadores de serviços (reembolsos indevidos, pagamentos por procedimentos não realizados, fraudes em documentações, utilização desenfreada dos beneficiários, entre outros).
De acordo com a FenaSaúde – Federação Nacional de Saúde Suplementar, o cenário atual da saúde suplementar é extremamente crítico e é oriundo da combinação dos fatores expostos acima.
O cenário do SaneSaúde acompanhou a tendência do mercado da saúde suplementar, pois se verificou aumento da frequência de utilização para todos os procedimentos, bem como aumento das despesas assistenciais do plano.
Após os períodos mais críticos da pandemia que ocorreram nos anos de 2020 e início de 2021, o SaneSaúde vem observando o registro de aumento exponencial das despesas assistenciais em todos os tipos de procedimentos. Quando comparamos as despesas assistenciais ocorridas no último período considerado para reajuste (mar22-fev23) em comparação ao período anterior de reajuste (mar21-fev22) observa-se um aumento de 16%, se comparadas ao mesmo período entre (mar20-fev21) esse aumento atinge 45%.
O aumento das despesas com internamentos no período de (mar22-fev23) foi 9% maior que o apurado entre o período de (mar21-fev22), impactado principalmente pelo aumento na frequência de utilização de 24% destes eventos, além do aumento de pagamento de honorários médicos, materiais e medicamentos.
Os procedimentos realizados em âmbito ambulatorial e odontológico aumentaram 22% quando comparados o período de (mar22-fev23) em relação período anterior (mar21-fev22). Reflexo do aumento da demanda e frequência de utilização de 14%. Aumentos registrados no número de consultas, exames e outros procedimentos ambulatoriais, tais como tratamentos oncológicos foram os que mais impactaram para este crescimento nas despesas deste grupo, além do aumento dos atendimentos de procedimentos odontológicos.
Somado a todo esse cenário de aumento das despesas assistenciais, a média mensal de gastos com alto custo (eventos acima de R$ 50 mil) principalmente tratamento de câncer e cardíacos, cresceu 11% no período de (mar22-fev23) quando comparado ao mesmo período entre (mar21-fev22). Somente no 2º semestre de 2022 estes gastos aumentaram em média 28% em relação ao primeiro 1º trimestre de 2022. Se comparados ao ano de 2020, os gastos com alto custo mais que dobraram com aumento de 104%.
Além do aumento das despesas assistenciais do plano, outro fator que vem encarecendo os custos do SaneSaúde é o envelhecimento da massa de beneficiários. Os aumentos dos gastos com cuidados da saúde é diretamente proporcional à idade e a expectativa de vida dos beneficiários do plano vem aumentando constantemente.
Atualmente já temos beneficiários com idade superior a 100 anos.
O SaneSaúde apresentou uma sinistralidade de 108,95% no período considerado para o cálculo do reajuste e um resultado negativo de R$ 10,2 milhões em 2022.
Considerando os fatos expostos, o reajuste técnico calculado pelo atuário para o SaneSaúde a ser aplicado nas mensalidades do plano para o período entre os meses de junho de 2023 até maio de 2024 seria de 33,32%.
Mantendo o critério de reajuste utilizado no último ano, a Fundação Sanepar incluiu para a análise do cálculo as reservas técnicas do plano, as quais foram acumuladas ao longo dos anos de operação do SaneSaúde, deste modo, para o próximo período foi possível a aplicação do reajuste no percentual de 15% sobre os valores das mensalidades do plano e a nova tabela de mensalidades passa a vigorar entre os meses de junho de 2023 até maio de 2024.
Esta redução no percentual do reajuste do SaneSaúde visa suavizar o impacto para seus beneficiários, no entanto, cabe ressaltar que o uso consciente do plano de saúde contribui para uma melhor gestão de gastos, o que poderá contribuir em longo prazo para menores patamares de despesas assistenciais e consequentemente menores percentuais de reajuste de suas mensalidades.
Ressaltamos que o valor do limite de coparticipação aplicado em exames e internamentos também foi reajustado com o percentual de 15,00%, passando de R$ 177,63 para R$ 204,27.
A seguir demonstramos como ficou tabela de contribuição para o SaneSaúde com a aplicação do reajuste.
Confira também o vídeo que elaboramos sobre o funcionamento do seu plano, em relação às utilizações, contribuições, entre outros.
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