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Maiores erros financeiros dos jovens casais

Maiores erros financeiros dos jovens casais

casamento_feliz_26-08-2011

Maiores erros financeiros dos jovens casais

Para o economista Edmilson Costa, os jovens também pecam quando não conseguem se desligar completamente – financeiramente – dos pais. Principalmente com os serviços menores, como lavanderia e, quando têm um filho, a creche. “É importante não alimentar essa dependência da casa dos pais, pois é uma forma de compensar alguns custos que você teria com sua nova família, mas que não permite a liberdade e o aprendizado que o jovem precisa”, diz Costa.

O economista acredita que as duas principais questões que comprometem as finanças de um casal recém-formado são a já mencionada falta de maturidade para elaborar um planejamento financeiro – isso quando elaboram um – e também o descompasso entre a renda e o padrão de vida.

Nesse último ponto, o economista explica que a renda de casais jovens ainda é muito baixa, comparativamente com todas as despesas que precisam arcar. Além disso, os gastos característicos dos jovens, como baladas e viagens, vão pouco a pouco fazendo com que a família recém-formada afunde em dívidas.

Poupança

“Quando você junta duas pessoas que não sabem mensurar muito bem os gastos e ainda desejam sair e viajar muito, pois querem aproveitar enquanto não tem filhos, a conta não vai fechar”, diz Costa. Outro elemento que prejudica as finanças é o fato de não considerar a insegurança em relação ao emprego, ou seja, não se preparar em caso de perda de emprego, que pode acontecer a qualquer momento, seja por conta de uma crise financeira no mundo, seja por conta da própria competitividade no mercado de trabalho.

Uma solução para essa questão é a poupança compulsória. Estimar o custo de uma família é bem complicado, “você só sabe quanto custa uma família e um filho quando tem uma”, diz Nelson. Apesar disso, é possível se preparar. No caso da poupança compulsória, o casa pede ao banco que retire automaticamente um valor determinado da conta bancária, com o objetivo de poupá-lo.

“Nós raciocinamos muito melhor quanto temos despesas, ou seja, quando sabemos que um valor vai sair da nossa conta”, analisa o economista. Na prática, é melhor você ter um destino definido para aquele dinheiro que sobra do que não saber o que fazer com ele. Nesse caso, ele provavelmente vai sumir – via gastos desnecessários.

Quem vai pagar o quê?

Para o diretor da Mais Ativos Educação Financeira, Álvaro Modernell, os jovens também erram quando não deixam as questões financeiras bem claras, ao formar uma família. “O casamento normalmente acontece em um momento de grande envolvimento emocional, e os aspectos práticos da relação não são discutidos”, analisa o educador.

Esses aspectos práticos são questões como: quem vai pagar o aluguel? Quem vai pagar essa ou aquela conta? Com quanto cada um vai contribuir para as despesas domésticas? O que faremos se um dos dois ficar devendo?

As pessoas entram nos relacionamentos com bagagens diferentes, com patrimônios diferentes, com interesses diferentes, explica o educador, ressaltando que, se não deixaram bem claras as questão relacionadas ao dinheiro, além de terem problemas com as finanças, isso ainda pode provocar um grande desgaste no casal.

Em caso de divórcio, por exemplo, a maior parte do desgaste é por questão de patrimônio. “Se as regras forem estabelecidas antecipadamente, o desgaste desaparece”, diz Modernell. Isso, inclusive, pode evitar um divórcio. Para dividir as despesas da casa, a sugestão é que a contribuição de cada um seja proporcional à sua renda.

O educador também sugere aos jovens casados a manutenção de três contas bancárias. Uma em conjunto, onde serão feitos os depósitos e as retiradas, visando aos gastos em comum, e mais duas particulares, uma para cada um.

Se a mulher quer gastar mais ou o homem quer comprar produtos que a esposa não acha graça nenhuma, eles podem fazer isso com o dinheiro particular. Mesmo porque, para um casamento saudável, seria bom não ter de dar satisfação de todos os gastos individuais.

(Fonte: Viviam Klanfer Nunes – InfoMoney)

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