O percentual de famílias brasileiras com dívidas terminou 2017 em 62,2%, de acordo com dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Comércio (CNC). O resultado indica uma alta de 3,2 pontos percentuais em relação ao registrado em dezembro de 2016.
As famílias inadimplentes, isto é, com dívidas ou contas em atraso, representaram 25,7% do total em dezembro, indicando alta de 1,7 ponto percentual em relação a dezembro de 2016.
Ao mesmo tempo, o percentual de famílias que declaram não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso ficou em 9,7%, índice 0,6 ponto percentual na comparação com o mesmo período de 2016.
A proporção de famílias que disseram estar muito endividadas em dezembro ficou em 14,6%, o mesmo resultado do último mês de 2016. O tempo médio de atraso para que as dívidas sejam pagas foi de 64,3 dias em dezembro de 2017. No mesmo período do ano anterior, o tempo médio para regularização das contas foi de 63,8 dias.
Ainda de acordo com a pesquisa, 76,7% das famílias endividadas estão nessa situação, principalmente, por conta do cartão de crédito. Em seguida, estão os carnês, principais responsáveis pelo endividamento de 17,5% das famílias e o financiamento de carro, que ocupa a maior despesa para 10,9% das famílias.
“Apesar da melhora recente, os indicadores de inadimplência permanecem em níveis superiores aos do ano passado. A taxa de desemprego ainda bastante alta ajuda a explicar a dificuldade das famílias em pagar suas contas em dia e o pessimismo em relação à capacidade de pagamento”, avalia Marianne Hanson, economista da CNC.
Em relação a novembro, o índice de famílias com dívidas permaneceu estável na casa de 62,2%, após cinco altas mensais consecutivas. No mesmo período, os inadimplentes passaram de 25,8% para 25,7%. Já as famílias sem condições de pagar as dívidas caíram de 10,1% em novembro para 9,7% em dezembro. A pesquisa coletou dados de todas as capitais brasileiras com cerca de 18 mil consumidores.
* Com informações da Agência Brasil.
(Fonte: Economia IG)
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