Quando a criança adoece e precisa de medicação em horários específicos, uma das preocupações dos pais é de como manter os cuidados médicos mesmo quando o filho estiver na escola ou creche. Pensando nisso, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou um documento que orienta o uso de remédios nas instituições de Educação Infantil.
De acordo com os pediatras, as recomendações devem seguir um padrão de segurança para que os educadores, professores e outros funcionários saibam como agir na administração dos remédios sem que prejudique a saúde da criança e suas atividades pedagógicas.
Um dos principais objetivos para promover educação em saúde no ambiente escolar é evitar a automedicação e o uso inadequado de medicamentos. Além disso, os especialistas também se preocuparam em atender as necessidades das crianças que têm maior suscetibilidade a doenças e, por isso, precisam de medicamentos com mais frequência.
“Há escolas que não administram medicamentos (se for o caso, a criança falta às aulas durante o tratamento), enquanto outras permitem que familiares entrem no estabelecimento para sua administração, responsabilizando-se totalmente pelo ato. Muitas vezes a criança precisa ser medicada, mas está em bom estado geral, pronta para as atividades pedagógicas, podendo ter sua escolaridade prejudicada se faltar às aulas por tempo prolongado. Nesses casos, é razoável que receba a medicação na própria escola, desde que a legislação local permita”, informa o texto.
Prescrição médica
Entre as recomendações, os médicos orientam os pais que encaminhem sempre à escola ou creche a receita médica e os remédios em suas embalagens originais, identificados com o nome das crianças para evitar enganos. Caso os pais não tenham a receita em mãos, ela poderá ser enviada diretamente pelo médico da criança à escola por fax ou outro meio de comunicação.
Os pediatras recomendam ainda que na escola seja dado o menor número possível de doses, uma vez que a instituição pode atrasar ou esquecer o horário de aplicação do medicamento. A SPB alerta que os pais devem aceitar que muitas escolas podem considerar inviável interromper a rotina de atividades para a administração de remédios com intervalo curto de tempo ou que demandem certa complexidade, como nebulizações, por exemplo.
Outra orientação é para que os pais mantenham contato permanente com a equipe escolar, principalmente se o medicamento for de uso contínuo ou em outras situações especiais. No caso dos adolescentes, eles podem se responsabilizar por sua medicação.
(Fonte: Saude Ig)
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