Muitas pessoas deixaram de pagar as suas contas nos últimos anos, atitude tomada principalmente por conta crise econômica que o país atravessa. Alguns perderam o emprego e, com essa realidade, acabaram surpreendidos com a mudança na rotina financeira da família.
Poucas pessoas no Brasil se preocupam em formar uma reserva de emergência que garanta a “sobrevivência” em momentos delicados como o que vivemos nestes últimos anos – e isso é algo que insistimos desde o começo deste espaço, há 10 anos.
Essa situação (endividamento) acabou levando muita gente a fazer parte das famosas listas de mal pagadores, o que as fez alvo dos serviços de proteção ao crédito e dos telefonemas e correspondências de seus credores.
Agora, com a liberação das contas inativas do FGTS, muita gente quer aproveitar o dinheiro extra para ajustar as contas e acabar com as dívidas. Trata-se de uma decisão inteligente, cabe dizer.
Existem muitas dúvidas sobre como desenvolver uma boa negociação, afinal, quais os procedimentos que devem ser tomados para que as pessoas não sejam obrigadas a arcar com juros exorbitantes acumulados na inadimplência?
Conheça seus credores e consulte suas dívidas
Serviços como o Serasa e SPC adicionam fazem o cadastro do devedor após solicitação da empresa credora, que informa que determinado pagamento não foi recebido.
Mas, antes que isso aconteça, o devedor recebe em sua casa uma correspondência da instituição em que ela informa o débito e oferece algumas opções de pagamentos e negociação. Quem não faz o pagamento, tem seu nome protestado.
Se você já está nessa situação há algum tempo, é importante fazer uma pesquisa no Serasa e SPC para saber os valores devidos e qual a atual situação de seu cadastro/dívida.
Conhecendo o tamanho da dívida, você poderá se programar e fazer uma lista do que é prioridade para pagamento e o que pode esperar.
Renegocie e regularize direto com a instituição
Uma das formas de eliminar a dívida é buscar uma negociação direta com a instituição credora. Após reconhecer o valor que tem que ser pago, faça contato com cada empresa e apresente uma proposta para saldar a dívida.
Como muitas pessoas ainda estão passando dificuldades com a crise, as instituições financeiras continuam não recebendo. Por isso, eles prezam e valorizam quem realmente toma a iniciativa de saldar as dívidas.
Em muitos casos, é cobrada apenas uma taxa administrativa ou os juros correspondentes ao tempo em que a dívida não foi paga. Não é difícil encontrar casos de pessoas que conseguiram reduzir substancialmente os valores devidos com esse tipo de renegociação.
Pode até parecer estranha tamanha discrepância no valor real do acordo em relação à dívida anunciada, mas as instituições preferem receber e futuramente voltar a ter a pessoa como cliente do que arrastar essa dívida por mais tempo – correr o risco de nunca receber nada.
Você também pode (deve) usar os serviços de proteção ao consumidor, como Procon, Idec e outros, para ajudá-lo na renegociação. Eles podem orientá-lo sobre como deve ser a abordagem, qual a melhor maneira de apresentar aos credores a sua proposta e por aí vai. Experimente.
Feirão de renegociação
Atualmente, tanto o Serasa quanto o SPC fazem diversos feirões para renegociação de dívidas. Nesses locais, o consumidor que está devendo pode aproveitar diversas vantagens, como juros mais baixos, e assim eliminar aquela dívida que tanto lhe incomoda.
Além disso, nesses feirões também se conhece o valor total das dívidas e o que realmente vale a pena pagar naquele momento.
Os feirões também costumam contar com o acompanhamento dos órgãos de defesa do consumidor, o que torna as negociações realizadas ainda mais vantajosas e sempre coerentes com o que diz o Código de Defesa do Consumidor. Tudo acontece sem abusos.
Faça acordos respeitando o seu orçamento
Um ponto importante é fazer um acordo com valores que caibam dentro do seu orçamento. Tenha em mente que é pior fechar um acordo sugerindo valores que não cabem no seu orçamento, portanto analise com calma e proponha uma solução factível para você.
Fazer um acordo qualquer e considerar valores fora do seu orçamento só gerará mais problemas, afinal alguns descontos concedidos poderão ser perdidos em uma nova negociação no futuro.
Conclusão
Analise seu orçamento, quais dívidas são prioridade e estabeleça uma meta de pagamentos capaz de deixá-lo livre para voltar a consumir e assim se tornar um ajudador no retorno da economia.
Lembre-se que é importante negociar e registrar sempre todos os contatos feitos, mantendo cópias por escrito de forma organizada. Se as negociações persistirem de forma abusiva, busque apoio nos serviços de defesa do consumidor, como já mencionei anteriormente.
O mais importante é não desistir de negociar por achar o processo complicado e/ou embaraçoso. Você tem o direito de buscar melhores alternativas e pode contar com ajuda especializada neste sentido. Até a próxima!
(Fonte: Dinheirama)
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