Adquirir conhecimento técnico, mas não levar em conta o peso das emoções nas decisões financeiras. Este é, para a psicanalista Márcia Tolotti, um dos maiores erros cometidos por quem quer se relacionar bem com o dinheiro.
Autora de “As Armadilhas do Consumo” (Editora Campus), a psicanalista se dedica há alguns anos a estudar o impacto das emoções na maneira como as pessoas lidam com o consumo, fazem investimentos e administram suas dívidas.
“Não somos tão livres como pensamos quando fazemos nossas escolhas de consumo”, diz Márcia Tolotti. “Quando compramos algo, escolhemos mais do que uma marca. Escolhemos os atributos que relacionamos a essa marca, como elegância, poder e aventura”, afirma.
A psicanalista cita diversas emoções que estão relacionadas ao consumo, como vaidade, insegurança, inveja, tristeza e frustração. Ter autoconhecimento, diz ela, é importante para que as pessoas saibam o papel dessas emoções nas decisões do dia a dia e evitem cair em armadilhas.
“Quando a pessoa está triste, ela não dá muito valor para as próprias posses. Isso pode fazer com que ela venda uma ação a um preço muito baixo, por exemplo.”
“Pessoas estão deslumbradas com o crédito”
Márcia Tolotti, que ministra palestras de educação financeira dentro de empresas, diz que cada vez mais as pessoas veem o consumo como um caminho para a cidadania. “Muitas pessoas estão deslumbradas não só com relação ao consumo, mas também com relação ao crédito”, diz.
O risco, diz ela, é confundir consumo com consumismo. “O consumista muitas vezes não consegue pagar nem usar tudo o que compra. Ele impede que a pessoa se planeje no longo prazo”, diz.
(Fonte: Economia Uol)
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