Quase todo mundo que investe, já ouviu essa expressão, ‘’ Longo prazo e diversificação’’. Duas premissas básicas para quem quer iniciar no mundo dos investimentos. No entanto, poucas pessoas possuem a disciplina e paciência necessária para seguir essa filosofia de investimento ao longo do tempo.
Uma das maiores motivações para a elaboração deste artigo, foi exemplificar através de uma comparação simples, o porquê dessas premissas fazerem tanto sentido. E apesar de toda sua obviedade, grande parte dos investidores focam em resultados de curto prazo.
Vamos então fazer uma comparação do ato de investir com o ato de plantar árvores, usando como inspiração a famosa frase do grande investidor Warren Buffett, “Alguém está sentado na sombra hoje porque alguém plantou uma árvore há muito tempo”.
Fazendo essa analogia, sabemos que para plantar árvores, você primeiro deve separar e escolher as boas sementes, ou as mudas. Essa fase inicial é semelhante a selecionar os produtos de investimento, dos quais se pretende investir (ações, fundos, renda fixa, etc) e principalmente entender quais são as características desses produtos. Se você possui pouca experiência no mercado financeiro, é recomendado que você comece pelos ativos menos arriscados.
Após a escolha das sementes, você irá escolher os locais onde plantá-las. Podemos comparar esse estágio, com a escolha das instituições em que iremos fazer nossos investimentos. Não devemos plantar nossas sementes em um mesmo terreno, pois caso este local sofra algum desastre, não iremos perder todas as nossas árvores. Um exemplo disso para os investimentos, seria como comprar ações da Petrobras, comprar Debêntures da Petrobras, e investir em um fundo que possui grande concentração na mesma empresa, ou seja, você fez investimentos diferentes (sementes), porém concentrados na mesma instituição (terreno).
Por isso devemos dedicar uma atenção especial a fase de seleção dos ativos. Uma vez plantada a semente, não é aconselhável ficar trocando-a de lugar. Para os investimentos isso tem um custo, a tributação regressiva dos Fundos Multimercados é um exemplo. Se você fizer um investimento e resgatá-lo num prazo menor que dois anos, pagará uma alíquota maior de imposto por isso.
Na fase de crescimento, aplicações periódicas e constantes nos investimentos, seria como regar e adubar o ativo. Sua capacidade de poupar irá ajudar com que árvore cresça mais, e com isso, que você alcance mais rápido seus objetivos. Os investimentos dessa forma irão gerar mais frutos e consequentemente mais sementes para serem reinvestidas.
O mercado, assim como a Natureza, é sazonal, e certamente teremos épocas de “abundância”, em que os investimentos terão uma excelente performance, como também épocas difíceis, de seca, em que os resultados poderão ser negativos. O importante é manter a estratégia, rebalancear a carteira se for preciso, e compreender esses momentos como passageiros, assim como são as estações.
Você deve saber claramente, qual o propósito de cada investimento, isto é, o que deseja colher de cada árvore. Existem ativos que podem prover renda por exemplo, da mesma maneira que uma árvore gera frutos. O ponto crucial é definir o objetivo de cada investimento (aposentadoria, reserva de emergência, viagens, imóveis, seguros).
Espero que este texto tenha traduzido de uma forma simples, como os investimentos em ativos financeiros devem ser entendidos. O longo prazo atuará para o crescimento das árvores (dos ativos), já a diversificação será a estratégia de alocação, diferentes árvores para diversos objetivos. A melhor época para plantar uma árvore foi há 20 anos atrás; o segundo melhor momento é agora.
(Fonte: Finanças Pessoais)
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