A realização de um planejamento financeiro familiar é muito importante para a estabilidade das famílias. Muitas pessoas, entretanto, se deparam com grandes dificuldades para organizar as finanças, cometendo erros que podem comprometer os planos e até mesmo levar ao indesejável endividamento.
Para ajudar você a elaborar um bom planejamento financeiro familiar, apresentamos neste post algumas dicas importantes. Confira:
1. Anote todos os gastos familiares
Em muitos casos, o planejamento financeiro familiar fracassa pelo desconhecimento da verdadeira situação do orçamento. Sem uma visão real das finanças, é comum traçar metas inatingíveis e ignorar o impacto de determinados gastos. Por isso, antes mesmo de estabelecer metas de economia, é importante catalogar todas as despesas da família.
Procure uma ferramenta com a qual você se sinta à vontade. É possível começar usando um simples caderninho de anotações e adotar ferramentas com mais recursos quando o controle ocorrer com mais naturalidade. Priorize a praticidade, evitando o risco de desanimar e deixar de lado o planejamento.
Durante um certo tempo, tome nota de todas as despesas de cada membro da família. Procure ser o mais cuidadoso possível, prestando atenção aos mínimos detalhes, como o tradicional cafezinho depois do almoço.
O ideal é completar um ciclo de, pelo menos, um mês, podendo prorrogá-lo a fim de diminuir a influência de imprevistos ocorridos no período.
Com as informações em mãos, é o momento de catalogar os gastos. Certamente, você vai se surpreender com o impacto que certas despesas, aparentemente irrisórias, podem causar em seu orçamento. Veja o que pode ser cortado ou reduzido e procure meios de tornar mais econômicos os hábitos que julgar indispensáveis para a manutenção da qualidade de vida.
2. Traçando metas
Antes de tudo, lembre-se: estamos falando de um planejamento financeiro familiar. Por isso, é indispensável a participação de todos. Crie um ambiente propício (prepare um lanche, por exemplo), e reúna toda a família para conversar sobre os projetos futuros.
É importante que todos se sintam motivados a participar. Economizar meramente para juntar dinheiro não é tão animador. Portanto, é um bom momento para compartilhar sonhos e estipular metas para realizá-los.
Procure traçar metas de gastos para cada categoria de despesa. O processo de coleta realizado anteriormente será de grande valia para estabelecer limites realistas. Leve em conta que apertos excessivos podem desestimular o engajamento dos membros da família.
Outra razão para não reduzir ao extremo os limites é evitar que eventuais concessões acabem se tornando rotineiras, impedindo que o planejamento funcione como realmente deveria.
O próximo passo é traçar uma meta de poupança mensal. Uma boa dica, sugerida por muitos especialistas, é separar, logo de cara, o valor a ser poupado. A maioria das pessoas costuma esperar até o final do mês e guardar as sobras.
Na prática, com o dinheiro em mãos, o risco de exceder os gastos e não ter o que guardar cresce muito. Por isso, o ideal é evitar ao máximo tal possibilidade.
3. Procure renegociar as dívidas
Um item importante para que o planejamento financeiro familiar tenha mais fôlego é a renegociação das dívidas. Os valores destinados às parcelas apertam o orçamento, e é preciso encarar a realidade para reverter a situação. Procure apurar o valor de cada dívida e reserve uma fatia do orçamento para colocar a casa em ordem.
Assim que reunir uma boa quantia, procure conversar pessoalmente com cada credor. Com o dinheiro em mãos, seu poder de negociação cresce, o que torna possível a obtenção de bons descontos na liquidação da dívida.
Outra alternativa é substituir os juros maiores. Se você está utilizando o crédito rotativo do cartão de crédito ou o limite do cheque especial, cogite a possibilidade de tomar um empréstimo pessoal para liquidar a dívida.
Os juros do cartão e do cheque especial aplicados no Brasil estão entre os maiores do mundo, e são capazes de comprometer qualquer planejamento financeiro se não forem controlados.
A melhor opção de empréstimo pessoal, normalmente, é o consignado. Como o valor das parcelas é descontado diretamente na folha de pagamento, a operação apresenta um risco menor para as instituições financeiras que, por isso, podem aplicar taxas de juros mais acessíveis.
Por outro lado, a modalidade só está disponível para grupos específicos, como os servidores públicos, aposentados e pensionistas do INSS e funcionários de empresas de maior porte, quando estas firmam convênios com os bancos.
4. Crie uma reserva de emergência
Por mais fiéis que os familiares permaneçam ao plano financeiro, a vida sempre está sujeita a acontecimentos imprevisíveis, que não podem ser ignorados e, invariavelmente, causam sensíveis impactos no orçamento.
Cientes da realidade, os especialistas em educação financeira recomendam a criação de uma reserva de emergência, também chamada de colchão financeiro, destinada exatamente a suprir eventuais necessidades sem comprometer a continuidade do planejamento. Não há um consenso em relação ao volume ideal da reserva de emergência.
De qualquer forma, o valor deve ser suficiente para atender a família em casos de emergência, como desemprego, por exemplo. É importante ter disciplina e utilizar os recursos apenas em ocasiões de real necessidade.
5. Compre com consciência
As compras por impulso podem ser consideradas as grandes vilãs do orçamento. Por isso, é muito importante se planejar com antecedência também para comprar. Programe-se para comprar à vista sempre que possível. Assim, você pode negociar bons descontos e, de quebra, eliminar o surgimento de uma parcela a mais para pagar nos meses seguintes.
Planejando antecipadamente, é mais fácil colocar em prática o consumo consciente e não comprar além do necessário. Se a compra for parcelada, não esqueça de se certificar de que o valor das parcelas cabe no orçamento.
Para que os objetivos sejam alcançados, é preciso acompanhar de perto a execução do que foi planejado. Por isso, continue registrando as despesas e receitas e cultive o hábito de separar um tempo para verificar o orçamento e fazer as alterações que julgar necessárias.
(Fonte: Professores do Sucesso)
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