Nos últimos 30 anos, a prevalência da obesidade entre jovens de 10 a 15 anos do Rio dobrou e o índice de obesidade grave quase triplicou. Esse é o resultado do Estudo Rio de Janeiro II (ERJII), que ganhou o 1º lugar na categoria residente no 35º Congresso de Cardiologia da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), em abril deste ano. O estudo comparativo analisa a associação entre as prevalências de sobrepeso/obesidade em estudantes das mesmas escolas num intervalo de 30 anos. Ou seja, o primeiro levantamento foi realizado em 1986/87 e o segundo foi em 2015/16.
A pesquisa mostra o aumento da prevalência de sobrepeso/obesidade de 31,9%, em 1986/87, para 45,2%, em 2015/16. A obesidade, por sua vez, pulou de 10,3% para 22,2% e, em seu grau grave, de 6,7% para 17%. Já a prevalência de pressão arterial elevada reduziu durante o período, de 11,1% para 8,4%. “Um dos motivos para essa redução da pressão arterial pode ser o método de avaliação. Antigamente a aferição era feita com a criança deitada e atualmente opta-se pela posição sentada”, explica a presidente da Socerj e uma das autoras do estudo, Dra. Andrea Brandão.
A pressão arterial elevada foi mais prevalente em estudantes com sobrepeso/obesidade em ambos os estudos. No ERJI, 19,4% dos estudantes com sobrepeso/obesidade tiveram a pressão arterial elevada, enquanto que nos não obesos, ela foi de 7,35%. Já no ERJII a pressão arterial elevada em estudantes com sobrepeso/obesidade foi de 9,35%, enquanto que em não obesos foi de 7,62%.
Outro dado mostra que a hipertensão arterial nos adolescentes obesos foi diagnosticada em 29,1% deles e nos obesos graves, em 35,65%. A cardiologista explica que para diminuir os índices de obesidade entre jovens é preciso estimular a atividade física e uma dieta mais saudável: rica em fibras, vegetais, frutas, carne magra (carne branca) e pouco açúcar e sal.
“Quanto mais obesa é a criança ou adolescente, maior é a chance de ela se manter obesa na idade adulta e para o resto da vida. O risco se torna cada vez maior quanto mais grave é a obesidade nas fases iniciais na vida”.
(Fonte: Veja)
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