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Obesidade aumenta significativamente a chance de desenvolver 13 tipos de câncer

Obesidade aumenta significativamente a chance de desenvolver 13 tipos de câncer

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Obesidade aumenta significativamente a chance de desenvolver 13 tipos de câncer

Muita gente ainda acredita que a gordura é apenas um depósito de energia para o corpo usar em momentos de escassez. Mas isso está muito longe de ser verdade. O tecido gorduroso participa ativamente de nosso metabolismo, exercendo uma grande interferência nos níveis dos hormônios circulantes.
Além disso, o acúmulo de gordura deflagra uma série de sinais reconhecidos por várias áreas de nosso organismo.

Já sabíamos que a obesidade era um fator de risco importante para as doenças cardiovasculares. Estudos recentes indicam que os obesos têm também um risco aumentado de desenvolver vários tipos de câncer.

São vários os mecanismos já identificados para explicar esse aumento de risco.  A seguir, discutiremos os mais relevantes. 

Atividade inflamatória do tecido adiposo

O tecido gorduroso, incluindo algumas células do sistema imunológico, produz substâncias com ação inflamatória em todo o organismo.
As principais delas –  Fator de Necrose Tumoral,  Interleucina 6 e Inibidor do Ativador do Plasminogênio – têm participação reconhecida no desenvolvimento de tumores, conforme observado em experimentos com animais de laboratório

Sinalização do tecido adiposo para diferentes tecidos

Duas moléculas – leptina e adiponectina – que participam ativamente do metabolismo, da regulação do apetite e do equilíbrio energético do corpo variam seus níveis em situações de obesidade e estão relacionadas com o desenvolvimento do câncer.

Leptina

A leptina é uma molécula com papel de moderador do apetite. Sua produção e liberação aumentam na obesidade e podem estimular as células de tumores de mama, próstata e cólon.

Adiponectina

A adiponectina tem papel na regulação do metabolismo da glicose e dos lipídeos e seus níveis estão reduzidos na obesidade.
Acredita-se que a adiponectina tenha efeito antitumoral e que sua redução favoreça o desenvolvimento de tumores de mama, próstata, endométrio e rim.

Aumento dos níveis de estrógeno

Ao longo de toda a vida reprodutiva da mulher, o ovário produz de forma cíclica e libera para a circulação os hormônios estrógeno e progesterona, que têm ação complementar no desenvolvimento e funcionamento dos tecidos sensíveis a ele. Com a menopausa, o ovário deixa de produzir e secretar esses hormônios, podendo causar alguns sintomas na mulher.

Em mulheres obesas, após a menopausa, o tecido gorduroso pode passar a produzir estrógeno, elevando os níveis séricos desse hormônio. E, como a produção de progesterona pelo ovário já está encerrada, esse “novo estrógeno” fica sem seu “antagonista natural”, podendo estimular continuamente os tecidos sensíveis a ele.
Isso é especialmente verdade no caso do endométrio, camada que reveste internamente o útero.

Aumento dos níveis de insulina

Níveis aumentados de insulina determinam um estímulo adicional ao crescimento de células, favorecendo o desenvolvimento de alguns tumores.  Isso pode se dar de forma direta ou indireta, pela aumento da síntese de fatores de crescimento, que pode facilita o crescimento de tecidos além do necessário.

Esteatose hepática

O acúmulo de gordura no tecido hepático leva a um processo inflamatório crônico no fígado. O quadro pode evoluir para a cirrose hepática, criando uma situação favorável ao desenvolvimento do câncer desse órgão.

Refluxo gastresofágico  

Em indivíduos obesos, observa-se um relaxamento do esfíncter e um aumento da pressão intra-abdominal que favorecem o refluxo. A mucoso do esôfago passa a ter contato com o suco ácido do estômago, desenvolvendo um processo inflamatório crônico,  o que pode facilitar o desenvolvimento de câncer na região.

Principais tipos de câncer com risco aumentado pela obesidade 
•    Esôfago 
•    Estômago
•    Pâncreas
•    Fígado
•    Vesícula biliar
•    Mama 
•    Rim
•    Ovário
•    Colo do Útero
•    Útero
•    Próstata
•    Cólon e Reto
•    Mieloma Múltiplo
•    Linfoma Não Hodgkin

A obesidade, que já foi vista como “vilã” para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares, agora é reconhecida como fator de risco para o desenvolvimento de diferentes tipos de câncer.  Sendo assim, não há dúvida que deve ser combatida e, para isso, as melhores armas são a atividade física e uma “revisão geral” no cardápio. Mudanças de estilo de vida que sabidamente valem à pena.

(Fonte: Saúde IG)

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