Sabe, ouvinte, aquela história de que o tempo passa, o tempo voa? Penso que é diferente: não é o tempo que passa; nós é que passamos. A vida é que é efêmera, fugidia, embora muitos a vivam como se fossem eternos. Talvez pela tendência que temos de não querer pensar na morte.
Agora, não acho que devamos ter medo dela. Devemos, sim, ter medo de não viver.
E, falando nisso, hoje é o primeiro dia do resto da tua vida. Hoje começa o teu futuro, e é nele que você vai viver o tempo que te resta.
Por isso, primeiro abra um sorriso por poder ter tempo ainda para dar o abraço num filho, um beijo no companheiro. Pense que é só levantar a cabeça para ver a maravilha de um pôr do sol, das árvores balançando numa valsa sublime no ritmo do vento.
Lembre que basta telefonar, que logo virá aquele amigo que te faz rir e que tem uma orelha de elefante para ouvir tuas reclamações e lamentos e, claro, te dar sempre a razão.
Pois é, a vida poderia ser muito melhor vivida se nos lembrássemos sempre de que ela é aqui e agora. Pena que vivemos sempre nas lembranças do passado ou na ilusão do futuro que projetamos. Quer um exemplo: quando está embaixo do chuveiro você pensa em tudo menos em sentir as gotas d’água no seu corpo.
Pois é, como dizia Chaplin, a vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.
(Fonte: Cbn – Coluna Renato Follador)
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