Tem uma diferença entre pessoas e povos que se dão bem na vida: planejamento.
Quem planeja tem futuro, quem não planeja tem destino. É como na música do Zeca Pagodinho, “deixa a vida me levar, vida leva eu” para a maioria dos brasileiros.
Winston Churchill dizia que quem falha em planejar já planeja falhar.
Ora, se o caminho é razoavelmente sabido, por que não planejamos a formação acadêmica, a carreira, o casamento, a compra da casa própria, o nascimento e a educação dos filhos, a aposentadoria? Porque temos um vício cultural irremovível: a visão de curto prazo.
Em 1900, o conde Afonso Celso escreveu o livro “Por que me ufano do meu país”. Primeiro “best seller” nacional, a razão era comemorar os 400 anos de descobrimento do Brasil e enaltecer seu enorme potencial. Foi leitura obrigatória nas escolas por 50 anos.
A empolgação do conde diante da extensão territorial, das riquezas minerais, do solo fértil, das belezas naturais e de um povo criativo extrapolou e, diz-se, foi o início do mito de que Deus era brasileiro e o Brasil o país do futuro.
Isso, aliado à inflação estratosférica da segunda metade do século passado, quando o dinheiro do dia anterior comprava menos no dia seguinte, sedimentou entre nós a cultura do curto prazo. Viver o presente e deixar o futuro ao Deus dará, ou ao Estado brasileiro.
Olha, seja dono do teu destino e, dentro do possível, viva sem depender de governos e governantes. Porque é verdade aquele dito popular: de onde a gente menos espera que venha alguma coisa… é que não vem nada mesmo.
(Fonte: Renato Follador)
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