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O tempo de recuperação do mercado após grandes crises

O tempo de recuperação do mercado após grandes crises

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O tempo de recuperação do mercado após grandes crises

Os desdobramentos da pandemia do Coronavírus, somados a guerra de preços do petróleo, desencadearam um pânico generalizado nos mercados financeiros de todo o mundo. No Brasil, após oscilações muito bruscas e atípicas nas ações, o Ibovespa precisou acionar cinco vezes o circuit breaker entre os dias 9 a 16 de março. Ainda com o momento global instável, sem previsões dos próximos possíveis impactos, a perspectiva é de recuperação do movimento natural. Mas quanto tempo levará?

Não há como estimar o período de melhoria após um grande tombo, mas podemos analisar outros momentos de recessão global que causaram estragos no passado. Vamos nos basear no histórico do circuit breaker, mecanismo de segurança que interrompe as negociações para que aconteça um balanceamento do mercado. Ele já foi usado em outros cinco episódios da bolsa brasileira.

A paralisação anterior mais recente foi em maio de 2017, quando houve perdas de 8,8% no dia que ficou conhecido como ‘Joesley Day’. O motivo foi a delação do dono da JBS, Joesley Batista, que revelou operações de corrupção envolvendo o então presidente do Brasil, Michel Temer e outros políticos influentes. Para voltar ao patamar daquele mesmo dia foram necessários três meses e cinco dias.

Antes disso, em 2008, aconteceu a maior inquietação do mercado financeiro: a crise do subprime nos Estados Unidos, que consequentemente tomou proporção internacional. O apogeu foi quando um dos maiores bancos americanos, o Lehman Brothers, decretou falência.

No evento, o circuit breaker foi acionado seis vezes e as quedas no período foram de 43,82%. O tempo de recuperação foi um pouco mais longo, de oito meses e 15 dias.

Outras paralisações ocorreram no século passado. Em janeiro de 1999, quando o Brasil passava pela mudança do regime cambial junto ao ápice da desvalorização do real, foram contabilizadas perdas de 44,39% na bolsa. O mercado temia os efeitos da nova estratégia de política macroeconômica. A melhoria se deu após três meses e dois dias.

A maior queda do Ibovespa foi registrada em 1998, durante a crise da Rússia. Depois do colapso da moeda oficial rublo, o país declarou moratória para interromper os pagamentos de dívidas externas. Essa turbulência financeira teve contágio global e no mercado brasileiro as quedas chegaram a 56,41%. A recuperação levou sete meses e 25 dias.

Em 1997, quando foi estabelecido na bolsa brasileira, o circuit breaker foi usado pela primeira vez com perdas de 42,90%. A causa foi a crise asiática, em que países do sudeste e nordeste enfrentavam a desvalorização de suas moedas e a queda das bolsas, o que de modo consequente interrompia o crescimento econômico. No Brasil, a espera pela melhoria nesse período foi mais longa: dois anos, quatro meses e 22 dias.

Nessa análise da recuperação do Ibovespa em crises causadas por diferentes fatores, é notório que todos os circuits breakers deixaram o mercado financeiro vulnerável por um tempo, alguns por mais e outros por menos. Quando acontecem, é importante manter a calma e agir com cautela para proteger as finanças e investi-las com sabedoria. Afinal, ser investidor é estar preparado para subir de escada e descer de elevador. Faz parte do processo.

(Fonte: Organizze)

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