Segundo o Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino no Estado de São Paulo (Sieeep), as mensalidades escolares podem ser reajustadas entre 4% e 8% anualmente. A porcentagem parece pequena, entretanto, pense em uma família com dois filhos em escola particular, pagando aproximadamente R$ 600 por mês. O aumento no orçamento chega a R$ 192 mensais.
Para o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos, trocar as crianças de escola é um assunto delicado por se tratar de um investimento para o futuro dos pequenos.
Com isso, é preciso avaliar a situação com cautela. É necessário se programar, fazer as contas com antecedência e cortar gastos. Tudo para garantir um estudo de qualidade. Veja algumas dicas listadas por Domingos que podem contribuir para a decisão:
Situação financeira
Avalie os prós e contras. Realizar um diagnóstico financeiro é importante para que as famílias saibam qual situação financeira se encontram. Se o caso for endividamento, é fundamental rever os gastos e analisar se a criança deve ou não permanecer na instituição educacional.
Elabore um planejamento financeiro para o ano que vem, levando em consideração o valor reajustado da matrícula, se ele caberá no orçamento, sem que comprometa outras despesas e leve a família à inadimplência.
Desejo da criança
Conversar com as crianças e os jovens para saber se gostam de onde estudam e se querem continuar lá é outro ponto importante para a decisão. Há muitas coisas do cotidiano que podem passar despercebidas, e às vezes há um esforço desnecessário para mantê-las em um local que não queriam estar. Caso a criança opte por mudar, pesquise junto a ela outras instituições que sejam viáveis para orçamento familiar.
Negociação
Se ela preferir permanecer na instituição de ensino atual, mas a situação não está permitindo, é recomendado que marquem uma reunião com o diretor e expliquem o que está acontecendo, buscando viabilizar a permanência da criança no local.
Não perca oportunidades por receio de tentar. Pode ser que consiga um desconto temporário, uma bolsa ou até mesmo uma condição especial para que arque com as mensalidades escolares.
Caso a negociação não seja de sucesso, é hora de partir para o plano B e ir atrás de um novo lugar. Essa transição pode ser um pouco difícil para a criança, e por isso é essencial incluí-la no processo. Explique o ocorrido e tente fazer com a situação seja mais tranquila para ela.
Gastos adicionais
Ainda em relação ao processo de planejamento para 2018, considere despesas internas à rotina na escola, como uniforme, lanche, material, transporte e passeios. Com esforço e controle financeiro será possível garantir um estudo de qualidade para a nova geração.
(Fonte: Economia IG)
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