O sono é o momento em que o corpo se repara e se prepara para o dia seguinte. Neste período, algumas funções são colocadas em “espera” para que outras possam ser consideradas como prioridade.
Ao longo do sono, diversos hormônios são liberados no organismo, voltados para nossa reparação cognitiva e corporal, por esse motivo quando a pessoa não tem uma boa noite de sono, ela pode desencadear algumas complicações para a saúde.
Segundo a psicóloga Milena Fernandes Mata, um corpo que não adormece com qualidade, fica cansado e não funciona normalmente. “Geralmente esses pacientes terão sintomas como desânimo, fadiga, irritabilidade, dificuldade nas habilidades de atenção, memorização, planejamento, organização e tomada de decisão”, explica a especialista.
É tão importante cuidar do sono, pois sem a qualidade dele o indivíduo tem predisposição em desenvolver doenças cardiovasculares, endocrinológicas, respiratórias, imunológicas, ganho de peso e umas das principais consequências são os distúrbios como ansiedade e depressão.
Para aprofundar no assunto, o SD também conversou com outra psicóloga, a Isadora Bettarello, e ela destacou alguns motivos que uma pessoa pode não dormir bem. “O fato de não conseguir dormir pode ser um sinal que a pessoa sofre de apneia do sono, distúrbios, como movimentos periódicos das pernas, até terrores noturnos.
Algumas questões relacionadas ao sofrimento psíquico, como ansiedade e síndrome do pânico causados pelas preocupações diária são fatores que impactam diretamente no sono”.
A idade influencia na qualidade do sono?
De acordo com a Milena Fernandes Mata, “na fase adulta é natural que a vida seja mais ativa, com maiores responsabilidades e preocupações. Esses fatores podem influenciar o nosso estado de alerta e a capacidade de relaxar que, por fim, interferem em nosso sono.
“Quando nos tornamos idosos, somado às preocupações e responsabilidades diárias, consequentemente estão associados quadros de alterações neurológicas, bioquímicas e comportamentais. Doenças cardiológicas, gástricas, respiratórias, neurológicas também afetam o sono”.
“Dormir é um hábito como, tomar café da manhã, trabalhar, almoçar, estudar e assim por diante. O ideal é fazer com que o sono faça parte da sua rotina e se torne também uma prioridade”, comenta a especialista.
Por essa razão, a Milena preparou algumas dicas para melhorar o seu sono com base em resultados científicos:
1) Mantenha uma rotina com horários para acordar e adormecer; evite as luzes diretas e o uso celular de 2 a 3 horas antes do horário que estabeleceu para dormir;
2) Faça da sua cama o lugar apenas para dormir e não para trabalhar ou fazer outras atividades;
3) Deite em sua cama ao perceber sonolência;
4) Pratique exercícios de respiração, alongamento;
5) Faça uso de chás com propriedade calmante e recorra a áudios de relaxamento para ajudar a pegar no sono;
6) Evite cafeína, nicotina e álcool pelo menos de quatro a seis horas antes de dormir;
7) Evite cochilos ao longo do dia, principalmente após às 15h e mais que 1h por dia;
8) Exercícios físicos regulares ajudam na regulação de hormônios de bem-estar e relaxamento;
9) Fique de olho em sua alimentação;
10) Mantenha um diário do sono para avaliar como tem sido seu processo.
Vale ressaltar que o diagnóstico da insônia deve ser realizado por um profissional da área da saúde. O ideal é que a pessoa com esse quadro procure por médico e/ou psicólogo para fazer uma avaliação clínica e possivelmente o especialista recomendará alguns exames para definir qual tipo de tratamento para aquele caso”, finaliza Isadora Bettarello.
(Fonte: Saúde em Dia)
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