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Finanças Pessoais e Educação

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Finanças Pessoais e Educação

É realmente difícil não correlacionar com a pandemia do COVID-19 qualquer mudança que ocorreu no Brasil nos últimos dois anos. Em muitos lugares as relações trabalhistas precisaram ser flexibilizadas, mesmo que a contragosto. Todavia, empregados e empregadores tiveram a oportunidade de perceber que a produtividade não necessariamente está associada à presença dos colaboradores no mesmo espaço físico.

É óbvio que esta flexibilização não poderia ser aplicada a qualquer tipo de atividade, pois, naturalmente, alguns serviços só poderiam ser prestados de forma presencial, inclusive por conta da sua essencialidade. Mas foi uma mudança que veio para se perpetuar, especialmente naquelas organizações que possuem visão estratégica do seu negócio. Dessa flexibilização surgiram várias oportunidades de negócio, além de uma melhor performance do trabalhador aliada a um enriquecimento na sua qualidade de vida.

O outro lado da moeda é um pouco mais triste, na verdade, muito mais triste. Muitas pessoas perderam os seus empregos, negócios foram descontinuados, o índice de desemprego se elevou, atingindo 14,7%, de acordo com o IBGE ( o maior registrado desde o início da série histórica, em 2012). O país afundou ainda mais em uma crise econômica que já se arrasta desde 2014.

Esse segundo cenário evidenciou principalmente a deficiência do Brasil, no que se trata da capacidade dos cidadãos de poupar e manter uma educação financeira sólida. Milhares, milhões de brasileiros subsistiram de auxílios emergenciais e outros esforços dos governos para mitigar os impactos da ausência de educação financeira, que historicamente foi negligenciada pelo próprio poder público. Talvez nos últimos 20 anos, este foi o momento em que discutir educação financeira se provou mais do que relevante.

Naturalmente, com a democratização das redes sociais e do marketing digital de baixo custo, surgiram vários mentores, especialistas e proeminentes na área de finanças pessoais que trouxeram informação às pessoas sobre como lidar com os seus recursos financeiros perseguindo uma vida financeira saudável, quiçá a sonhada independência. De uma crise, sempre nascem oportunidades de negócio.

O trabalho desenvolvido por esses “gurus” das finanças tem o seu valor, mesmo que envolto, em algumas vezes, a uma perspectiva de mundo que não se enquadra à realidade de uma parcela significativa da população brasileira. Caberia ao poder público fomentar, de forma bastante objetiva e estruturada, a educação financeira no país, incorporando, especialmente no ensino de base, a importância de saber lidar com os recursos financeiros. Não estamos falando de formar economistas desde o ensino fundamental, mas sim de cidadãos conscientes que tenham condições de utilizar os recursos financeiros como meio para atingir os seus objetivos e viverem uma vida digna.

Discutir os conceitos que considero como o tripé de uma vida financeiramente saudável (Reserva de Emergência, Previdência, Projetos) faz-se cada vez mais relevante na educação de base do Brasil.

Espero que não precisemos passar por novas pandemias para que essa discussão seja reavivada.

(Fonte: Administradores)

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