O exercício é importante para manter seu corpo saudável à medida que envelhece, mas cada vez mais pesquisas sugerem que ele também ajuda a manter sua mente afiada. Além de ter o poder, inclusive, de prevenir Alzheimer – um distúrbio cerebral progressivo marcado por problemas de memória e declínio do pensamento crítico.
Em um novo estudo publicado na JAMA Neurology, pesquisadores analisaram 182 adultos com uma idade média de 73 anos. Pedômetros foram colocados neles para acompanhar o número de passos que eles davam por dia. No início, o número médio de passos era de 5.600.
Os pesquisadores queriam ver se o aumento no volume de atividade física levaria a uma desaceleração do acúmulo de beta-amiloide. A substância é um tipo de proteína que se acumula no cérebro e interrompe os sinais de comunicação entre os neurônios. A beta-amiloide é considerada uma das possíveis culpadas do Alzheimer.
No estudo, os participantes tiveram seus passos registrados durante um período de sete dias consecutivos. Uma vez que eles também estavam envolvidos no estudo da Harvard Aging Brain eles tiveram sua cognição medida anualmente. E o volume cerebral avaliado a cada três anos, durante quase oito anos.
Como o exercício pode prevenir o Alzheimer
Os pesquisadores descobriram que uma maior atividade física foi associada com um menor acúmulo de beta-amiloide e menor perda de volume cerebral.
E não é como se essas pessoas de repente começassem a fazer CrossFit. ‟Os benefícios foram vistos com um aumento para apenas 8.900 passos por dia. A partir da linha de base de 5.600”, diz o co-autor do estudo Jasmeer Chhatwal, um neurologista do Massachusetts General Hospital e professor assistente de neurologia na Harvard Medical School. Em outras palavras, aqueles que aumentaram sua atividade em apenas 3.300 passos tiveram vantagens significativas.
“O resultado é que cada detalhe conta quando você está falando de atividade física”, disse á Runner’s World US. “Você pode se proteger apenas aumentando um pouco os exercícios e mantendo esse nível”.
Os motivos pelos quais o exercício garantiria esse benefício ainda não é conhecido, acrescentou Chhatwal. Mas estudos prévios ligam a atividade física a um bom ritmo circadiano, disse ele. E isso melhora a qualidade do sono – crucial para a limpeza das proteínas cerebrais.
O estudo também analisou os fatores de risco vasculares, como pressão alta, diabetes, tabagismo e obesidade. Mas os resultados não foram tão notáveis, disse Chhatwal. Ainda assim, ele sugere que o aumento da atividade física e a redução dos riscos vasculares podem ser uma boa combinação quando se trata da prevenção do Alzheimer.
Os pesquisadores ressaltaram, no entanto, que o estudo tem limitações. Primeiro, o rastreamento foi feito apenas por uma semana e a intensidade não foi medida. Mas Chhatwal disse que este é um bom ponto de partida para observar a forte conexão entre o exercício e a manutenção da boa saúde cerebral.
(Fonte: Runner’s)
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