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Especialista dá sete dicas para consumidor sair do temido cheque especial

Especialista dá sete dicas para consumidor sair do temido cheque especial

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Especialista dá sete dicas para consumidor sair do temido cheque especial

A diminuição do poder de compra somado com a alta dos preços e aumento das despesas de uma família pode levar ao descontrole das finanças pessoais. Neste momento em que o dinheiro acaba e as contas não, muitos consumidores optam por formas pouco positivas para tentar controlar o dinheiro, sendo o cheque especial uma das mais buscadas por eles na hora do aperto.

Enquanto uns recorrem ao uso do cartão de crédito, parcelando despesas e ficando refém dos juros exorbitantes, outros acabam caindo no cheque especial , fato esse que gera um descontrole das finanças pessoais .

Para sair da “bola de neve” que é entrar usar o dinheiro do banco,  segundo o presidente da DSOP Educação Financeira e da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, fala em revisão dos hábitos e comportamentos quando o assunto é dinheiro.

“O endividamento demonstra a fragilidade da educação financeira da população, que gasta mais do que pode, sem planejamento, e acaba não conseguindo honrar com seus compromissos financeiros. O mais preocupante é que muitas pessoas já contam com o valor do limite como parte de sua renda”, avaliou o especialista.

Para tentar ajudar a colocar ordem nas finanças de quem entrou no limite do banco,  o educador listou algumas medidas a serem tomadas; vejam quais são:

1- Quanto é a sua dívida

Parece obvio, mas muitos endividados não têm o valor total de suas dívidas e quando somadas ao limte do banco (e seu juro), a conta ainda é mais complexa. O educador financeiro indica que o consumidor some as parcelas, gastos com cartão, financiamentos e demais custos para conseguir saber o quanto será necessário para quitar os débitos. “É apenas conhecendo a situação como um todo que poderá agir de forma assertiva”.

2-Controle dos gastos

Reinaldo Domingos pede à população que faça um diagnóstico financeiro durante um mês aos que têm rendimento mensal fixo. Já a parcela que tem renda variável, essa analise deve ser mais longo, com cerca de 90 dias. “Anote todos os gastos, até aqueles considerados mínimos como um chocolate”. A explicação para essa medida é que ao anotar tudo, até a compra de uma bala será possível identificar como o dinheiro tem sido gasto, o que pode ser cortado e como fará para quitar o valor devido ao banco em que é correntista.

3- Negocie  dívida

Após ter o resultado do diagnóstico for identificado que alguma das dívidas tem pesado mais que as outras, a indicação do educador financeiro é que o consumidor renegocie o débito ajustando o mesmo para quanto será possível pagar. “Afinal de nada adianta fazer o acordo e não conseguir pagar as parcelas”.

4- Reduza juros

Mesmo com a máxima de que trocar uma dívida por outra nem sempre é a melhor alternativa, às vezes ter parcelas com juros menores que possam quitar as de juros maiores pode ajudar a colocar em dia as finanças pessoais. Um exemplo citado é do crédito consignado, em que os juros praticados são bem menores que os do cheque especial, uma vez que o débito é descontado de forma automática. “Justamente por isso é preciso cautela, já que para quem já está com dificuldade em administrar as finanças, ter sua renda habitual reduzida pode desencadear novos endividamentos e problemas ainda maiores, virando uma bola de neve”, explicou Domingos.

5- Não use o cheque especial

É necessário que o consumidor entenda que o cheque especial não faz parte da renda mensal, logo não deve ser usado. O ideal é que o consumidor cancele o serviço junto à instituição bancária e entre nos eixos tendo em mente que vai viver apenas com o rendimento mensal. “Muitos acreditam que o cheque especial é uma segurança, mas, por fim, se paga juros altíssimos”, disse o educador.

6- Corte gastos e tente a renda extra

Para cortar custos o consumidor deve se fazer a seguinte pergunta: “realmente preciso disso?”; “tenho dinheiro para pagar à vista?”, “conseguirei pagar a parcela daqui há três ou seis meses?”. Se a resposta para as perguntas for não, o consumidor deve deixar a tentação de lado e focar no controle das despesas. “Ao receber rendas extras, como 13º salário, férias e comissões, planeje o uso consciente dando preferência para quitar dívidas conseguindo descontos”, indica Domingos.

7- Sonhe e economize

Tenha uma motivação para sair do cheque especial. Resgate aqueles sonhos que ficaram para trás como o das férias em família, o curso de especializada, a compra da casa própria. Estabeleça prazos e metas para a realização dos mesmos. Faça orçamentos e veja quanto será necessário poupar  para a realização desses sonhos. “Assim estará priorizando aquilo que tem verdadeiro significado em sua vida”.

Ter uma reserva para imprevistos também é fundamental para manter as finanças pessoais em dia. E lembre-se não recorra ao cheque especial novamente, ele pode tornar a situação ainda mais complicada de se resolver.

(Fonte: Economia IG)

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