O que avaliar ao emprestar o nome para alguém conseguir crédito? Este artigo traz uma questão delicada e se baseia em números para que você possa refletir bastante quando alguém te pedir para pegar dinheiro emprestado em seu nome.
Vamos começar pelos números: segundo uma pesquisa divulgada recentemente pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e o SPC Brasil, 36% dos consumidores brasileiros fizeram compras usando o nome de terceiros nos 12 meses anteriores.
Além disso, segundo o levantamento, o hábito de pedir o nome emprestado é maior entre as pessoas de baixa renda (38%) e entre jovens (46%).
Quem costuma ser mais procurado para emprestar o nome são as pessoas do círculo de convivência de quem precisa do empréstimo, como pais (28%), cônjuges (21%), amigos (17%) e irmãos (16%). O problema é que, antes de emprestar o nome para alguém conseguir crédito, é preciso considerar alguns pontos. Entre eles: a real necessidade da pessoa, a disponibilidade de pagamento do empréstimo e o histórico de quem está pedindo.
Isso já aconteceu outras vezes? É uma situação emergencial? Alguma coisa a gente já sabe, e o pior que você pode fazer é emprestar o nome por medo de falar “não”.
Além disso, é preciso considerar que há alguns perfis que normalmente não são bons pagadores e, além disso, que algumas circunstâncias podem impedir o devedor de arcar com a dívida, como a perda de um emprego por exemplo. Neste caso, quem “paga o pato” é quem cedeu o nome para pegar o empréstimo. Vale a pena arriscar?
Amizade abalada
“Há o consumidor que é bom pagador, mas que, por alguma emergência, se viu obrigado a atrasar o pagamento da conta. Também existe o perfil que atrasa de forma planejada, para que possa pagar depois. ”
Um empréstimo pressupõe garantias para suprir inadimplência, por isso as avaliações são importantes para evitar a negativação do nome e os prejuízos. Não é à toa, portanto, que alguém consegue empréstimo e outro alguém não. Você deve conhecer bastante a pessoa antes de se arriscar a tomar o empréstimo por ela, combinado?
Perfis de risco
Decidimos perguntar à Camila se há perfis mais comuns na hora de não honrar com as dívidas. Ela citou três e vale a pena mantê-los em mente na hora de avaliar se você deve emprestar o nome ou não, e se tende ou a não a ter prejuízos por conta disso.
Como já dissemos, algumas pessoas são confiáveis e certas situações são emergenciais. É diferente de emprestar o nome a pessoas pouco confiáveis e que querem empréstimo para consumir coisas sem importância.
Confira os perfis de risco antes de emprestar o nome:
Negligentes – É um perfil muito comum, pois representa o consumidor que não possui vida financeira organizada, então facilmente deixará de pagar suas contas por ter esquecido. Contudo, as negociações tendem a ser mais complexas, pois, como nunca se preocupam com as suas obrigações, são vítimas constantes de dificuldades financeiras e imprevistos.
Mau pagador – Esse é um grande problema para quem faz a cobrança. Ele sabe que deve, já tem esse fato como uma constante em sua vida, mas, mesmo assim, se recusa a pagar. Ele se esquiva do cobrador de todas as formas, inventa desculpas, desaparece, não está preocupado com o seu nome (e nem com o do outro que lhe emprestou o nome).
Má fé – É o famoso caloteiro. Possui débitos que superam a capacidade de um CPF. Ele arquiteta golpes, usa documentos de terceiros para comprar e não paga, usa cheques e cartões roubados. “Essas pessoas lesam e cometem crime. Em geral, esse perfil não tem propriedades e nenhum tipo de bem em seu nome”.
(Fonte: Dinheirama)
Comente, até breve…muito breve!