Conheço muita gente que tem arrepios na espinha quando o assunto é educação financeira. Seja por medo de organizar as finanças e descobrir que está fazendo tudo errado, ou seja por preguiça de colocar tudo no lugar, mesmo que isso vá trazer muitos benefícios.
De fato, aprender sobre educação financeira e colocá-la em prática não é tão fácil como tomar um copo de água. Mas também não é um bicho de sete cabeças como muita gente ainda pensa.
Colocar as finanças pessoais em ordem dá trabalho no início. No entanto, quando tudo estiver no lugar, é muuuuito mais simples continuar se mantendo na linha. O problema muitas vezes não é nem a força de vontade para mudar sua situação financeira. E sim alguns mitos que acabam se tornando um obstáculo para que você consiga manter a saúde do seu bolso.
1. Educação financeira é só para gente rica
Quem nunca pensou que economizar era coisa de quem tem dinheiro de sobra? Bem, é verdade que quanto mais se tem, mais fácil é poupar. Mas vou te contar que tem muita gente que ganha bem por aí passando perrengue e até pagando cheque especial.
Ter as finanças no lugar não é algo exclusivo de quem tem um salário de vários dígitos. É possível economizar e ter as contas todas certinhas mesmo ganhando um salário bem menor.
É claro que, se você não ganhou uma mansão e vários carros de herança, seu orçamento será adequado para a sua realidade. Poupar é possível, inclusive, para quem faz estágio ou está no primeiro emprego.
2. Só dá para guardar o dinheiro que sobra
Outro hábito ruim que muita gente ainda mantém: guardar dinheiro só no fim do mês. Sejamos sinceras: quanto de dinheiro sobra na véspera do salário cair? Não é muita coisa, né? Isso quando sobra alguma coisa… Então, por que esperar chegar nesses dias para reservar uma quantia?
Muito melhor já separar um valor fixo assim que seu salário é pago. E não precisa ser metade dele. Vale separar um percentual que cabe no seu bolso e não vai fazer falta na hora de pagar as contas.
Quem está numa situação mais complicada, com a grana curta, pode começar guardando 10% da renda mensal. E aí, quando a coisa melhorar, pode aumentar esse valor aos poucos.
3. Você tem que abrir mão de tudo
Quem disse que prezar pela educação financeira significa deixar de fazer tudo que gosta? Você pode economizar e mesmo assim curtir um barzinho com os amigos, se deliciar em um jantar romântico e até viajar para um lugar paradisíaco.
Basta se organizar pra fazer isso tudo acontecer sem ter que apelar para o parcelamento eterno no cartão de crédito.
Se seu sonho é nadar em águas cristalinas, que tal já ir se planejando para realizá-lo nas próximas férias? Se elas estão perto demais para dar tempo de economizar o necessário, você pode viajar para algum lugar mais pertinho (e barato) agora e continuar planejando para as férias seguintes.
A mesma coisa vale para o happy hour com os amigos. Em vez de chegar no restaurante mais badalado da cidade e mandar descer todos os combos do cardápio. Combine de ir em um lugar mais em conta, com cartela individual e precinhos camaradas. Assim, você sai de casa e se diverte, sem estourar seu orçamento.
4. Poupar dinheiro é o mesmo que investir
Você já sabe que poupar é um hábito super legal. Mas você sabe a diferença entre poupar e investir? Muita gente ainda tem dúvida sobre isso. De forma bem resumida: poupar é guardar dinheiro, é separar uma quantia com frequência pensando no futuro e em imprevistos. Investir, por outro lado, é: pegar essa quantia poupada e aplicá-la em um investimento rentável.
Ou seja, investir é a próxima etapa depois de poupar. Tá achando que aquele dinheiro reservado com tanto cuidado deve ficar parado na sua conta corrente? Ele merece ser valorizado em bons investimentos.
Se você vai investir em CDB, LCI, ações e até em Bitcoins, cabe a você decidir. O melhor investimento para você pode não ser o mesmo que o da sua amiga. Tudo vai depender dos seus objetivos e do seu perfil. Entendeu?
Tem vários outros mitos super nocivos que a gente, sem querer, ainda mantém. Bora aprender mais sobre educação financeira e dar valor de verdade para o dinheiro que conquistamos com tanto esforço.
(Fonte: Superela)
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