O ano já começa a chegar ao fim e com ele também as festas e comemorações como Natal, Réveillon e um ou outro feriado. Para especialistas em finanças, uma tarefa importante que as famílias devem fazer durante esse período é se prepararem para terminar o ano de maneira financeiramente saudável, além de planejar como será o próximo ciclo.
A planejadora financeira Fernanda Prado fala que os últimos meses, e em especial dezembro, podem gerar um desafio maior para as pessoas se não houver planejamento antes. “Tudo isso requer um cuidado adicional e, se as famílias já vem com esse cuidado ao longo do ano, terão mais tranquilidade para lidar com gastos adicionais que surgem nessa época mais festiva”, diz.
A educadora financeira destaca que é necessário que a família tenha entendimento sobre seu próprio orçamento para que consiga saber o quanto consegue encaixar com os gastos adicionais nas festas de fim de ano. “Se gosto de confraternizar com a família, já sei que terá Natal, então é colocar os custos na ponta do lápis. Escrever o que gostaria, somar quanto pretende gastar e ver se não prejudica os compromissos que já fazem parte do orçamento”, orienta Fernanda.
Ela explica que muitas vezes as pessoas se atém apenas às despesas do dia a dia como alimentação, lazer e moradia, mas também existem gastos não rotineiros e que já são conhecidos. “A matrícula do filho, o IPTU, IPVA acontecem em momentos pontuais nesse período, então o primeiro ponto é ter o rastreamento de todos os gastos, sejam os mais frequentes ou os mais eventuais”, sinaliza.
Falta planejamento
De acordo com o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro, divulgado este ano pelo Banco Central do Brasil e pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), cerca da metade dos brasileiros estão em situação de baixa saúde financeira e 58,4% sentem que as finanças causam estresse e refletem na vida familiar.
Há com isso a necessidade de um bom planejamento e o educador financeiro e economista no Conselho Regional de Economia da Bahia (Corecon-BA), Edval Landulfo, reforça que o período de fim de ano é um bom momento para essa tarefa.
“As pessoas precisam entender a necessidade desse orçamento financeiro, que é você trazer o futuro para o presente, planejá-lo”, conta Edval. “O ideal é encontrar uma brecha para que possa todo mês separar um dinheiro necessário para quando o imposto chegar e não ser pego de surpresa”, fala.
Mas Edval explica que não adianta fazer o planejamento do fim do ano e para o ano seguinte se for abandonar depois. “É bom fazer uma conversa entre a família uma vez ao mês para falar sobre finanças, porque vai permitir que estejam bem direcionados para essas questões”, destaca.
Fernanda Prado comenta que, dentro do atual cenário de desemprego (14,1%) e inflação (10,25%), segundo dados do IBGE, cada família acaba sofrendo sua própria inflação a depender da rotina de gastos, então é preciso que elas revejam tanto o que é prioridade, quanto o que é possível dentro do orçamento. É preciso “saber o quanto a inflação impactou e quais as mudanças que devemos adaptar, os ajustes necessários daquela família”, fala.
Edval também dá algumas dicas para proteger a saúde financeira durante o cenário de comemorações e crise econômica neste fim de ano: “Como no Brasil não temos ainda essa segurança, se comprarmos um quilo de feijão hoje, mês que vem pode estar mais caro. Então é bom no mês seguinte acrescentar uns 2 ou 3% em cima do valor que você usou antes, porque alguns itens aumentam”, instrui o economista.
(Fonte:A Tarde UOL)
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