Hoje é comemorado o Dia Internacional da Mulher, sendo um momento importante para o debate entre a relação do sexo feminino com o dinheiro, pois, existe uma visão ainda muito distorcida sobre o tema.
Apesar dos preconceitos ainda existentes, as mulheres modernas atravessam um momento no qual estão tomando conta, cada vez mais, das finanças pessoais e das famílias. Se antes os homens é que controlavam os gastos, hoje, a situação é completamente diferente. Além disso, já há algum tempo, as mulheres também conquistam cargos de destaque no mercado de trabalho, infelizmente ainda ganham menos do que os homens.
“Atualmente, vejo que as mulheres buscam mais educação financeira do que os homens, e lidando muito melhor com as finanças. Contudo, ainda são alvo de grande preconceito, tanto em suas casas, onde piadas machistas como “eu ganho e ela gasta”, ainda são comuns e, principalmente, no mercado de trabalho, no qual os salários ainda não se equipararam”, alerta o educador financeiro Reinaldo Domingos, autor do livro Eu mereço ter dinheiro!, que fala de finanças para o mundo feminino.
A realidade é que a mulher tem que trabalhar igual ou mais que o homem (ainda há casos em que ela é responsável pelos trabalhos da casa) e, muitas vezes, por preconceito ganha menos, tem que administrar as finanças e ainda é considerada a gastona. Tudo isso só mostra que ainda temos muito que evoluir em relação ao tema.
Infelizmente, como reflexo de todas as novas e velhas demandas direcionadas às mulheres, o que se observa é que hoje estão se endividando tanto quanto os homens. Mas, os motivos muitas vezes são diferentes.
O que ocorre é que o sexo feminino está na linha de frente da cadeia comercial. Um exemplo: quando as famílias necessitam comprar algum produto doméstico, geralmente, quem vai atrás dessa ação são as mulheres, a mesma coisa em relação aos alimentos, roupas e medicamentos. Entretanto, é fundamental que, com todas essas obrigações, a mulher não perca o direito de ter os seus próprios sonhos.
“Só com o sonho que elas conquistarão a independência financeira. Com a definição dos sonhos, as mulheres saberão o quanto necessita para atingi-lo e, com o simples exercício de registrar mensalmente todos os seus gastos num bloco de anotações, descobrirão no que poderão economizar para realizá-los. E isso tudo sem ter que eliminar gastos que geram prazeres e que também têm relevância para suas vidas, como produtos de beleza, roupas, etc.”, explica Reinaldo Domingos.
Contudo, mesmo que seja importante comprar o que se deseja, o educador financeiro reforça a importância do consumo consciente, observando que, muitas vezes, no impulso de comprar e de se manter dentro da moda, compram coisas que não eram realmente importantes e, pior, que nunca usarão. “É mais comum do que se imagina ouvir pessoas falando que tem roupas no guarda-roupa que nunca usaram e isso é um desperdício de dinheiro”, alerta.
Para combater esse problema, o autor do livro Eu mereço ter dinheiro! listou algumas perguntas que devem ser feitas antes de qualquer compra:
• Eu realmente preciso desse produto?
• O que ele vai trazer de benefício para a minha vida?
• Se eu não comprar isso hoje, o que acontecerá?
• Estou comprando por necessidade real ou movido por outro sentimento, como carência ou baixa autoestima?
• Estou comprando por mim ou influenciado por outra pessoa ou por propaganda sedutora?
Se mesmo diante deste questionamento, a pessoa concluir que realmente precisa comprar o produto, seria prudente fazer mais algumas perguntas como:
• De quanto eu disponho efetivamente para gastar?
• Tenho o dinheiro para comprar à vista?
• Precisarei comprar a prazo e pagar juros?
• Tenho o valor referente a uma parcela, mas o terei daqui a três, seis ou doze meses?
(Fonte: Diário Regional)
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