Este texto de Mario Quintana, escritor gaúcho, sobre deficiência, me toca muito.
Diz ele: deficiente é aquele que não consegue modificar a sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade, sem ter consciência que é dono do seu destino.
Louco é quem não procura ser feliz com o que possui.
Cego é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
Surdo é aquele que não tem tempo de ouvir o desabafo de um amigo, ou um apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
Mudo é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde atrás da máscara da hipocrisia.
Paralítico é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
Diabético é quem não consegue ser doce.
Anão é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências: ser miserável.
Miserável é quem não consegue falar com Deus.
E, com a permissão do mestre, eu acrescentaria: deficiente é aquele a quem o carma não impôs limitações e, por isso mesmo, deve valorizar cada segundo nesse planeta, pois a vida é uma dádiva para ser insignificante.
(Fonte: Renato Follador)
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até breve…muito breve /*–*/