A crise econômica provocada pelo coronavírus reduziu drasticamente a renda de muitos brasileiros, com demissões, cortes de salário e fechamento de empresas. Para os precavidos que montaram ao longo da vida uma reserva de emergência, aquela aplicação de liquidez imediata pronta para ser resgatada quando surgem gastos inesperados, o baque é menor.
A lição que fica é que essa reserva é fundamental para preservar a saúde financeira e assim salvar projetos de uma vida inteira. Mas ao resgatar esses recursos, o colchão de proteção do investidor ficou mais fino —ou até sumiu. Veja abaixo algumas dicas de como refazer essa reserva de emergência depois que a crise passar.
Por onde começar
1. Redefina seu orçamento: Contas atrasadas, pagamento de empréstimo, dinheiro que deixou de entrar —a crise vai deixar buracos em seu orçamento. Passada a crise, é preciso saber qual é o seu novo normal em termos de orçamento.
“O primeiro passo é revisitar o orçamento para verificar onde estão ocorrendo as saídas e quais são, a partir desse momento, seus novos objetivos e prioridades”, afirmou Renan Lima, planejador financeiro da plataforma de orientação e planejamento financeiro Planejar.
2. Adie planos de consumo: Uma grande lição dessa crise é que a falta de uma reserva de emergência pode matar qualquer plano de consumo. Agora é melhor adiar metas mais ambiciosas, como trocar de carro, fazer a viagem dos sonhos ou estudar no exterior.
“Em vez de direcionar recursos para objetivos de médio e longo prazo, refazer as reservas de emergência é mais importante agora”, disse Lima.
3. Seja mais conservador do que antes: Outra lição é que podemos ter eventos mais difíceis que no passado. Se a reserva de emergência antes cobria três meses de despesas fixas, por exemplo, talvez seja o caso de ampliar esse período, colocando um mês extra na reserva.
“O ideal é poder guardar dinheiro sem se sacrificar. Mas, nesse momento, o sacrifício em nome da estabilidade financeira vale a pena”, afirmou o sócio fundador da plataforma de comparação de investimentos Yubb, Bernardo Pascowitch. “Teremos outras crises. Precisamos ter mais pé no chão e cautela para guardar mais do que guardávamos antes.”
(Fonte: Economia UOL)
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