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Conheça as doenças que afetam os olhos no inverno e saiba como se proteger

Conheça as doenças que afetam os olhos no inverno e saiba como se proteger

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Conheça as doenças que afetam os olhos no inverno e saiba como se proteger

Não é só o aparelho respiratório que sofre com as mudanças climáticas decorrentes da chegada do inverno. Nessa época os olhos também precisam de atenção redobrada, já que os registros de algumas doenças oculares podem triplicar na estação mais fria do ano.

Sentir os olhos coçar ou arder nesse período podem ser indícios de problemas como conjuntivite viral, síndrome do olho seco, alergia ou algo mais sério como glaucoma e catarata. Por isso, é importante saber quais as medidas de prevenção mais indicadas para manter a saúde ocular em dia em qualquer período do ano.

Alergia

Devido à grande quantidade de ácaro presente no ambiente, as alergias são as principais reclamações nos consultórios médicos no inverno .  Por conta do frio, aqueles cobertores ou agasalhos que passaram muito tempo guardados em ambientes escuros e fechados voltam a circular e isso aumenta a chance de inflamações oculares.

De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, estudos mostram que a cada 10 pessoas que sofrem de algum tipo de alergia , 6 apresentam a irritação na região dos olhos.

Segundo ele, isso acontece porque, no frio, a diminuição da produção da lágrima faz o sistema imunológico de uma pessoa com essa condição entender que é necessário produzir mais anticorpos para proteger o local das agressões externas. “O que acaba desencadeando conjuntivite alérgica, que tem como sintomas intensa coceira nos olhos, vermelhidão,  inchaço das pálpebras e fotofobia [aversão à luz]”, explica ele.

Cuidados

Para evitar as alergias, a oftalmologista Renata Rezende, professora de pós-graduação da PUC-Rio sugere lavar todas as peças do guarda-roupa que estavam lá por muito tempo antes de usar. Outra dica é abrir as janelas durante o dia para ventilar o ambiente. “É uma época que a gente tira tudo do armário para usar. Então, tira antes de usar, para pegar um sol, para arejar, lavar, porque isso diminui a concentração de ácaros. Deixa as janelas abertas, mesmo no frio, não deixa aquele ambiente muito fechado. Tem que circular o ar”, orientou.

Lavar as mãos sempre e evitar o contato com o nariz, boca e olhos também são medidas valiosas para evitar as irritações. Esfregar os olhos quando eles estiverem coçando muito ou ardendo pode agravar o problema.

Conjuntivite

Muito comum no inverno, a conjuntivite é uma inflamação na membrana que recobre a parte interna das pálpebras e a esclera, parte branca do olho. As mãos são as principais vilãs nesses casos, pois elas levam o vírus aos olhos, assim como acontece quando há compartilhamento de equipamentos eletrônicos e objetos pessoais.

Quando a conjuntivite ataca, os sintomas podem ser pálpebras inchadas, vermelhidão, coceira, ardência, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento, secreção transparente e fotofobia.

Causada pelo adenovírus, o mesmo que provoca gripe e infecções respiratórias, pessoas com imunidade baixa estão mais suscetíveis à condição. “A conjuntivite que dá nesta época é mais associada a situações em que o paciente já está gripado. É aquele adenovírus na via aérea superior que também pega a superfície ocular. Não é aquela epidemia que a gente vê no verão, é uma conjuntivite mais branda, mas afeta os dois olhos”, explicou Renata.

Quando a alteração ocular é acompanhada por febre, manchas na pele, dor periocular, nos músculos e articulações pode sinalizar dengue, zika ou H1N1, de acordo com Queiroz Neto.  “Neste caso, o paciente deve receber tratamento multidisciplinar, mas o desconforto nos olhos faz muitas pessoas encontrarem a porta de entrada para os cuidados com a saúde no oftalmologista”.

Cuidados

Além de continuar seguindo as mesmas recomendações indicadas para pessoas com conjuntivite, como evitar levar as mão aos olhos e compartilhar objetos pessoais, o uso de óculos de sol é uma orientação importante para evitar o contágio em atividades externas.

Síndrome do olho seco

Outra condição que afeta a região ocular é caracterizada por coceira, vermelhidão, visão borrada que melhora com o piscar,  fotofobia e desconforto após ver TV, ler ou usar o computador. “A síndrome do olho seco , é uma alteração na qualidade ou quantidade da lágrima que, no inverno, dobra por causa da baixa umidade e aumento da poluição”, explica Queiroz Neto. Outros fatores que podem desencadear a disfunção são a climatização dos ambientes, vida digital intensa e uso de lentes de contato.

“O filme lacrimal, tem a função de  proteger, limpar, oxigenar e umedecer a superfície do olho. Isso garante a manutenção da  transparência da córnea,  essencial à boa visão”, acrescentou o oftalmologista.

Cuidados Entre as medidas preventivas, evitar ambientes climatizados sempre que possível pode ajudar muito a não sofrer com a doença. Piscar voluntariamente quando estiver usando computador e outras tecnologias também estimula a lágrima e evita a complicação. Em situações que não há como evitar o contato com vento muito forte, poeira, fumaça ou cosméticos, o ideal é proteger os olhos e evitar que essa área seja contaminada. A alimentação também pode ajudar a evitar a síndrome, quando consumidas, fontes de vitamina A e C e ômega 3 são eficazes na prevenção.

Automedicação pode causar danos

Devido ao alto índice dessas doenças, o uso de medicamentos sem a orientação médica também aumenta. Muitas pessoas acreditam que os colírios à base de corticoide podem ser a solução para tudo, pois são os responsáveis pelo alívio da irritação em muitos casos.

No entanto, Queiroz Neto adverte que essa prática, sem uma supervisão de um oftalmologista pode trazer riscos à saúde. “O problema é que o medicamento só deve ser usado com supervisão médica. Isso porque se for interrompido repentinamente provoca efeito rebote. Significa que a coceira volta mais intensa e o uso prolongado de corticoide causa catarata e glaucoma”.

O especialista ressalta que o único tratamento para catarata é a cirurgia que substitui o cristalino do olho por uma pente intraocular e que uso indiscriminado de medicamentos está entre as principais causas da catarata precoce.

Mesmo ao detectar alguma doença nos olhos através das associações com os sintomas descritos aqui, o recomendável é que, para o tratamento, o paciente procure um profissional da área da saúde para analisar o caso.

(Fonte: Saúde IG)

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