Com tanta oferta de alimentos ultraprocessados e hiper-saborosos, fica difícil criar um lanche saudável que seja atrativo para as crianças. Contudo, uma lancheira equilibrada, com combinações certeiras de alimentos, pode fornecer nutrientes, vitaminas e sais minerais essenciais para o bom desenvolvimento da criança e do seu sistema imunológico.
Mas, por onde começar? Segundo a nutricionista Karin Paciulo, professora do Namu Cursos, a dica é pensar em uma lancheira completa, com uma fonte de carboidrato (mandioca, pão caseiro ou frutas), uma fonte de proteína (queijos carnes e ovos) e outra de micronutrientes presentes nas verduras, legumes e frutas.
“O carboidrato garante a energia necessária para as atividades diárias, já a proteína fornece os aminoácidos essenciais para o desenvolvimento estrutural e cognitivo da criança”, diz Karin. “Por último, os micronutrientes são ricos em vitaminas e sais minerais responsáveis pelo bom funcionamento dos órgãos e pelo desenvolvimento do sistema imunológico.”
Se as crianças não curtem vegetais, a recomendação é insistir. “Se não é fácil inserir novos hábitos na vida de um adulto, imagine na de uma criança!”, ponderou o chef de cozinha Amilcar Azevedo, do Gourmetzinho, plataforma de lanches saudáveis infantis. “Por isso, é normal que elas não queiram provar novos alimentos nessa fase. Mas não vale desistir. Só com foco e determinação é possível introduzir mudanças sutis e que trarão resultados significativos para vida da família.”
Na hora da escolha, também vale variar os alimentos e torná-los mais coloridos e divertidos. Assim, além de fornecer novos nutrientes, as crianças também vão experimentar e começar a se acostumar com os mais variados sabores.
A nutricionista Karin Paciulo também recomenda investir em receitas criativas. É possível, por exemplo, fazer versões mais saudáveis dos salgadinhos de festa, como nuggets (bem) mais saudáveis (veja receita no final da matéria).
“Utilize farinha integral que são ricas em fibras e aproveite a base da receita para diferentes recheios”, sugere a nutricionista.
Tanto a nutricionista quanto o chef concordam sobre os industrializados: evite ao máximo. Além de terem muito mais açúcar, sal e gordura que o necessário, o que pode contribuir para obesidade infantil, estes ingredientes são poucos nutritivos e ainda viciam o paladar infantil. Afinal, quem vai querer uma fruta quando há um biscoito recheado por perto?
“Uma alimentação leve e equilibrada permite que as crianças recebam todo o aporte de vitaminas e nutrientes e sejam menos suscetíveis a doenças relacionadas à obesidade, que aumentou 600% em 30 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde”, acrescentou o chef Amilcar Azevedo.
A questão não é só vetar processados, mas também oferecer mais alimentos in natura: frutas, verduras, legumes, grãos, etc. “As frutas são boas substitutas para os doces industrializados. Algumas crianças, porém, podem ter dificuldades para aceitar na dieta. Invista em variações diferentes: cozidas, assadas ou até incrementadas em receitas”, sugere a nutricionista Karin.
Também dê preferência aos doces caseiros. “Diferente das versões industrializadas – ricas em açúcar, gorduras e aditivos químicos -, os caseiros podem ser feitos com ingredientes mais saudáveis e ser complementados com fibras, gorduras do bem e bons tipos de açúcares”, explica Karin.
Por fim, lembre-se de incluir as crianças na preparação dos pratos e das lancheiras. Cozinhar e provar mesmo as receitas mais simples torna um hábito, boas memórias e deixa tudo mais divertido para elas. “É muito importante incentivar as crianças a apreciar a boa comida. Criança que come bem é criança saudável. E criança saudável é criança feliz”, finaliza a nutricionista.
(Fonte: Huff Post)
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