Um bom planejamento financeiro é parte de um processo capaz de mudar sua vida para melhor. Ah, isso é muito subjetivo, não é mesmo? Sem dúvida, por isso o planejamento precisa fazer sentido de acordo com as suas expectativas e objetivos.
O que você quer comprar ou trocar?
Que mudanças gostaria de ver como um todo em sua vida?
Como ser mais feliz com o que você já tem?
Destas perguntas, quais envolvem também (mas não somente) dinheiro?
Antes de “chegar lá”, há o caminho. Em termos de planejamento financeiro, isso significa estar pronto para rever gastos, consumo, controle financeiro, desperdício e, obviamente, como você guarda e investe seu patrimônio.
O momento é propício para falar em desperdício e economizar
A busca por eliminar “gotas” de desperdício dentro do planejamento financeiro deve ser uma constante para quem pretende conseguir mais dinheiro para o que realmente interessa. Lidar melhor com a escassez em tempos de instabilidade também é uma lição fundamental para conseguir juntar enquanto muita gente tenta apenas sobreviver.
Porém, em muitos casos, a ideia de economizar não é exatamente o que praticamos no dia a dia, ainda que isso seja relativamente óbvio. Aprofundando esta questão específica, o planejamento financeiro pode ter muitos erros que acabam prejudicando colocar em prática os planos sonhados.
Quero focar hoje nestes pontos e abordar os principais sinais de que o seu planejamento financeiro está indo na direção errada ou simplesmente não está funcionando.
Sinal 1: Você não consegue manter a rotina
Logo no começo do mês você anota tudo, despesas fixas, gastos no cartão de crédito, compras e outros e por aí vai. Legal. Ainda assim, você percebe que gasta mais do que era o previsto? Sim? O que isso significa? É simples: que a prática do seu dia a dia está diferente do seu planejamento financeiro.
Você está gastando mais do que deveria talvez porque não tenha definido bem os limites. Pode ser que despesas precisem ser realmente cortadas e que você esteja gastando muito com pequenas coisas cotidianas, não devidamente apontadas ou simplesmente grandes demais quando somadas.
O principal ponto é que sua estimativa em relação ao mês não está batendo com a realidade, e isso obviamente afeta suas atitudes no dia a dia. Você acaba ficando tranquilo para sair e fazer suas coisas, confiante de que está tudo bem. E não está.
A principal dica nesses casos é se concentrar mais no momento do gasto do que com a projeção. Isso significa questionar-se mais profundamente a cada compra, deixando o máximo possível para outro momento ou sempre consultando a sua planilha de controle financeiro. Foco na decisão que acontece na ponta.
Sinal 2: Pouco ou nenhum efeito depois de meses de planejamento
Sua expectativa é guardar 10% do salário, mas quase todo mês acontece a mesma coisa: falta salário e sobram dias. Esses casos são comuns, principalmente porque estamos acostumados a planejar o mês com o que ganhamos, não com como pretendemos gastar o nosso dinheiro.
Veja que mudei o foco da receita para o comportamento das despesas. Você sabe exatamente quanto gasta e como tem usado seu dinheiro? A pergunta é simples, a resposta nem tanto. Além de anotar tudo que você gasta, é importante que as despesas estejam muito bem categorizadas – tudo tem que ter nome e data.
O problema de não sentir o efeito é que você vai ficando desmotivado. Sentindo-se assim, bate aquela frustração e um dos gatilhos sempre é o bolso. Você gasta mais sem perceber e agrava o problema. Considere então rever completamente sua análise dos gastos, despejando energia e tempo para classificar suas despesas e desenhar um plano para diminui-las.
Sinal 3: Cartão de crédito e empréstimos continuam assustando
A dívidas e o cartão de crédito são itens sempre problemáticos em muitos orçamentos, principalmente porque o pagamento envolve compras realizadas no passado e para as quais a euforia já passou faz muito tempo. A conta, no entanto, continua chegando.
Esta realidade exerce forte influência na quebra do planejamento financeiro porque também gera ansiedade e frustração. Você está pagando por algo que comprou faz tempo, que talvez nem queira mais usar, mas todos os dias também se lembra de seus objetivos e novos desejos. É angustiante, eu sei.
Nesse caso, a solução precisa ser lógica: seu planejamento deve priorizar a eliminação das dívidas deste tipo e passar a contar com o máximo possível de compras sem parcelamento, sempre à vista e negociando bons descontos.
Ah, essa mudança não será instantânea. Você tem que definir metas, escolhendo dívidas e ir trabalhando nelas aos poucos. Em alguns casos, pode fazer sentido simplesmente criar uma regra de não comprar com o cartão de crédito até colocar as finanças em ordem.
Sinal 4: Muitas reclamações sobre a falta de dinheiro
Todo bom planejamento financeiro deve ser baseado no que você tem, mas sempre ancorado nas coisas que você quer e que ainda vai conquistar. De novo, parece óbvio, certo? O problema é que ficamos muito concentrados no desejo de ganhar mais e, sem perceber, transformamos isso em uma justificativa.
Sim, você, eu, todos precisamos ganhar mais. E de certa forma ao darmos atenção ao planejamento financeiro estamos justamente correndo atrás disso – abrir espaço para gastos mais inteligentes com formação, por exemplo, é imprescindível.
Na prática, tente ser mais positivo com relação ao futuro e trate de abordar com naturalidade sua realidade financeira, colocando em prática o controle financeiro e todas as sugestões faladas aqui, ao mesmo tempo em que continua a desejar mais.
Sinal 5: Os objetivos definidos não são alcançados
A maioria das pessoas acha que planejamento financeiro tem a ver com conseguir juntar muito em pouco tempo. Ou simplesmente conseguir tudo o que quer relativamente rápido. Isso não é verdade. Planejamento financeiro é sinônimo de organizar-se para conquistar o que deseja, no tempo e da forma adequada.
Esqueça a pressa e lembre-se que começar aos poucos é o melhor para quase todo tipo de desafio. Tente primeiro planejar seu final de semana, depois sua semana, depois seu mês e aí sim comece a pensar em prazos mais longos. Planejar é ter paciência e aprender a tomar decisões melhores.
(Fonte: DInheirama)
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