Há sete anos, o jornalista norte-americano Max Lugavere estava sentado à mesa de jantar quando pediu que sua mãe passasse o sal. O simples pedido deveria ter levado uma fração de segundo, mas sua mãe demorou três ou quatro. Esses foram os primeiros sinais de que algo estava errado. Em alguns meses, Lugavere e seu irmão descobriram que a mãe tinha uma forma de demência que estava lentamente dizimando suas funções cognitivas.
O jornalista passou, então, os anos seguintes tentando entender o que levou essa mulher saudável a desenvolver demência – e se ele também estava em risco por alguma característica hereditária. Usando suas habilidades de apuração e investigação, Lugavere viajou o mundo para encontrar especialistas que pudessem esclarecer a situação e, finalmente, entendeu que o maior contribuidor para a condição de sua mãe pode ter vindo de uma fonte inesperada: a comida.
Quando se trata dos alimentos, há um número sem fim de teorias sobre o que é saudável ou insalubre. No entanto, como Lugavere logo descobriu, mesmo pessoas que se autodenominam especialistas, muitas vezes não usam pesquisas baseadas em evidências e nem são treinadas em nutrição. Em parceria com médicos e pesquisadores, ele criou então um manual do proprietário, baseado em evidências, sobre o cérebro humano e alimentos.
Batizado de “Genius Foods”, o livro foi escrito em parceria com o médico e especialista em perda de peso Paul Grewal.
Algumas condições médicas podem parecer uma inevitabilidade biológica, mas a solução pode ser tão simples quanto trocar os alimentos que você ingere no dia a dia. Evitar esses 3 itens pode ajudá-lo a permanecer fisicamente e mentalmente saudável.
Veja abaixo, os 3 alimentos que prejudicam o cérebro, de acordo com a pesquisa de Lugavere:
1. Carboidratos de queima rápida
Pode ser óbvio evitar alimentos ricos em carboidratos, como bebidas cheias de açúcar e junk food, mas salgadinhos ou bolachas salgadas podem ser igualmente perigosos. Os carboidratos desses produtos são rapidamente quebrados pelo corpo, causando um aumento instantâneo do açúcar no sangue. Como resposta, o corpo produz insulina para regular os níveis de açúcar no sangue, mas, com o tempo, o consumo consistente de carboidratos de queima rápida pode fazer com que a insulina se torne cronicamente elevada. Lugavere cita pesquisas que estimam que até 40% dos casos de Alzheimer podem ser desencadeados pela insulina cronicamente elevada.
2. Óleos industriais não saudáveis
Muitos óleos de cozinha são feitos em uma linha de montagem composta por processos químicos, o que os torna insalubres. O processamento usado para criar óleo de canola, por exemplo, produz gorduras trans e aldeídos.
De acordo com Lugavere e com o Dr. Grewal, não há nível seguro de consumo de gordura trans. Na verdade, as gorduras trans têm sido associadas a um aumento do risco de doença cardíaca, demência e até morte por qualquer outra causa. O Food and Drug Administration (FDA), do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, proibiu recentemente a substância, mas ela ainda se esconde nestes óleos.
Os aldeídos são venenosos para as mitocôndrias, as partes da célula geradoras de energia. Simplificando, eles prejudicam a capacidade do cérebro de produzir energia. Outros óleos industriais a evitar são os óleos de milho, soja e de semente de uva. Alternativas mais saudáveis incluem azeite extra-virgem e óleo de abacate.
3. Aditivos de alimentos processados
Emulsificadores são colocados em alimentos como sorvetes, alguns tipos de leites de nozes e de cafés para dar-lhes uma sensação suave e cremosa. Lugavere é rápido em apontar que nem todos são reconhecidos como não saudáveis. O segredo é olhar para os seguintes aditivos químicos: Polissorbato-80 e Carboximetilcelulose.
A pesquisa mostrou que esses eles podem causar inflamação e interromper o metabolismo. Como o Mal de Alzheimer coincide com a disfunção metabólica no cérebro e, muitas vezes, no corpo, ou até encolhimento do cérebro, evitar emulsionantes com esses aditivos é essencial para a saúde.
(Fonte: Forbes)
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