Não é preciso recorrer a estatísticas econômicas para falar do aumento do custo de vida nos últimos anos, porém, elas mostram o tamanho do rombo provocado no bolso dos brasileiros. O índice de custo de vida do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos) vem subindo mais de 6% ao ano desde 2010. Em 2017, o aumento ultrapassou a casa dos 2,3%.
O resultado é visto nas prateleiras dos supermercados. Os preços estão mais caros e, a cada ida às compras, o gasto é maior e a sacola levada para casa é menor. Para contornar a alta de preços é preciso buscar alternativas como participar de um grupo de compras coletivas, fazer substituições, comprar em varejões e zonas cerealistas e planejar as compras com sabedoria. Confira as dicas que reunimos para ajudar você nisso.
1. Monte o cardápio semanal
O hábito de planejar as refeições, além de simplificar a vida, ajuda a evitar desperdícios. Com o cardápio da semana em mãos, faça uma lista dos itens necessários para preparar cada prato. Essa organização também ajuda a pensar em como equilibrar a alimentação e aproveitar melhor os alimentos. Com um maço de espinafre, por exemplo, você pode preparar um creme para acompanhar uma carne no jantar e, com os talos, fazer um delicioso bolinho ou refogado no dia seguinte. Leia a matéria Reaproveitando Alimentos e saiba mais.
2. Faça a lista de compras
Antes de sair de casa, anote tudo o que pretende comprar. Confira o que está faltando na dispensa e liste as quantidades necessárias. Você pode usar o app Nossa Alimentação ou nossa lista de compras de supermercado. Tanto no aplicativo quanto na lista, uma dica é marcar o preço dos produtos que coloca no carrinho. Assim, você pode fazer os cálculos antes de chegar ao caixa, evitando surpresas.
3. Defina uma periodicidade para comprar
A compra mensal pode ser uma opção interessante para produtos de higiene, limpeza e cerais que têm prazos de validade mais longos. Para os demais itens, estabeleça um dia fixo para uma compra semanal. Assim, você evita ir ao supermercado várias vezes, economizando tempo e dinheiro com o transporte e com os produtos extras que acabam indo na sacola. Para fazer mais economia, escolha a data em que o supermercado costuma fazer a reposição de estoques. Geralmente, nesses momentos, as lojas enchem a prateleira de produtos que estão próximos da data de validade e que podem sair muito mais em conta. Aproveite a oportunidade, mas fique atento ao vencimento para não causar problemas à saúde de sua família.
4. Pesquise preços
Há sites e aplicativos para celulares que facilitam a pesquisa de preços em supermercados em todo o país. Um deles é o PagPouco.com. No início de fevereiro de 2016, uma consulta ao aplicativo mostra que um pacote de 5 quilos de arroz da marca Camil podia ser encontrado, em lojas na cidade de São Paulo, por R$ 11,98 a R$ 17,99 – uma diferença de 50%! Isso é observado em boa parte dos produtos, portanto, pesquisar é uma ótima maneira de gastar menos.
5. Acompanhe as promoções
O varejo costuma fazer promoções, em parceria com os fabricantes, que podem ser bem interessantes. Comprar 3 caixas de sabão em pó numa oferta “leve 3 e pague 2” gera uma economia de 33%. Confira, antes, o preço normal do produto e aproveite para estocar itens que têm validade longa. A internet é uma excelente fonte de pesquisa e há sites especializados, como o Ofertas de Supermercados, que permite buscar promoções por loja e região. No AondeConvem, você pode folhear os encartes promocionais das principais redes de supermercados, drogarias e magazines.
6. Aposte nas compras coletivas
Muitos consumidores têm se organizado em grupos para comprar em atacados, “atacarejos” (lojas que combinam vendas no varejo e no atacado) e centrais de abastecimento, como Ceasa e Ceagesp. Comprando em grandes quantidades, nesses locais, o valor unitário é menor. Esta matéria do Diário Gaúcho mostra que, em Porto Alegre (RS), os produtos custam em média 28,4% menos em atacados do que em supermercados normais. Usando o WhattsApp e outras redes sociais, amigos e vizinhos combinam quando, onde, o que comprar, como pagar e distribuir os produtos.
7. Zona cerealista e mercados municipais
Nesses locais, que costumam abastecer parte do comércio, você encontra produtos frescos, a granel, a bons preços. Na zona cerealista de São Paulo, por exemplo, é possível comprar azeites, temperos, massas, queijos e grãos – feijão, lentilha, ervilha e outros – por um valor bem inferior ao dos mercados.
8. Opte por versões concentradas
A dica vale, principalmente, para produtos de limpeza, como amaciantes e detergentes, que possibilitam usar uma quantidade menor que a versão tradicional para ter o mesmo resultado. O preço é mais em conta e você ainda ajuda a proteger o ambiente, reduzindo a quantidade de embalagens descartadas.
9. Embalagens refil
Já reparou que muitos produtos de limpeza têm uma versão em embalagem fácil de usar e outra em refil, em formato tipo sachê? A dica é guardar a embalagem vazia e, na hora de repor, comprar o refil, que custa menos. O sabão em pó é outro produto que, na embalagem sachê, costuma ter um preço inferior que a vendida em caixas. Para facilitar o uso, guarde o produto em um pote plástico e deixe, dentro, um dosador (uma colher, por exemplo).
10. Espaço para novas marcas
Se você tem o hábito de usar sempre a mesma marca, experimente conhecer outras, em especial, as marcas próprias das redes de supermercados. Você pode se surpreender com a qualidade similar e o preço inferior ao de produtos já consolidados.
11. Não se deixe seduzir
As gôndolas dos supermercados são organizadas para incentivar você a comprar. Os produtos mais vendidos costumam ficar à altura dos olhos. A padaria é posicionada no fundo da loja, de maneira que você passe pela seção de cafés e biscoitos. Já doces e chocolates são posicionados ao alcance das crianças. A sugestão é grudar na lista de compras para evitar as armadilhas e gastar mais do que pretende.
12. Prefira produtos da estação
Frutas e hortaliças custam menos, são mais fresquinhos e nutritivos conforme a estação em que são colhidos. Aproveite cada temporada para diversificar o cardápio da família.
13. Programas de fidelidade e cartões de descontos
Muitas lojas têm cartão de crédito próprio, que você pode usar para pagar as contas e obter descontos em produtos. Mas isso só vale a pena se os cartões forem isentos de cobrança de anuidade. Outras redes oferecem pontos que são acumulados e depois podem ser trocados por produtos. É sempre uma chance de economizar, mas nem por isso vale a pena concentrar suas compras ali. Pesquise!
14. Fique de olho no caixa
Não é raro o preço do caixa ser diferente daquele mostrado na prateleira. Então, acompanhe o registro de cada produto e fique atento ao valor mostrado no visor. Em caso de divergência, peça a correção. Caso a loja se recuse, você tem o direito de registrar uma queixa no Procon. Veja a orientação dada pelo Idec (Instituto de Defesa do Consumidor).
15. Anote todos os seus gastos
Você sabe exatamente qual o valor mensal de suas despesas com alimentos e demais itens da dispensa? Se respondeu não a essa pergunta, a sugestão é fazer um controle que inclua até mesmo os pequenos gastos, como a padaria. O Jimbo é uma ótima ferramenta para isso, pois permite fazer tudo em poucos cliques, pelo celular.
(Fonte: Meu Bolso em Dia)
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