Considerando o Brasil inteiro, menos de um quarto da população economicamente ativa (24%) afirma fazer algum tipo de aplicação financeira. De acordo com levantamento realizado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) com o apoio do Datafolha, entre o público que se declara investidor, a maioria está na classe A (42%), com a classe C na ponta oposta (18%). No total, 62,34% disseram não conhecer nenhum tipo de investimento.
O motivo? Bom, na maioria das vezes, as pessoas declaram não ter dinheiro para investir porque o salário é curto. O segredo para resolver esse problema? Aprender a economizar.
Segundo o consultor financeiro Fábio Barbalho, da Ponto C Consultoria, quanto mais educação financeira a pessoa tiver, mais ela conseguirá fazer trocas eficientes que vão resultar em mais dinheiro no bolso. Ele explica que as pessoas precisam controlar o que chama de “taxa de ansiedade”. “Se uma pessoa que tem uma renda baixa conseguir controlar essa ansiedade, ela conseguirá fazer poupança, pois ela poupa primeiro e consome depois.
Já quem tem mais dinheiro vai adequar os gastos ao que realmente necessita”, diz em entrevista para o portal GuiaBolso.
Então, para te ajudar nessa empreitada, separamos 11 dicas para economizar dinheiro mesmo ganhando pouco:
Tenha uma planilha financeira
Antes de tudo, você precisa ter uma planilha de gastos. Com ela, você consegue mapear para onde vai sua grana, fazer planejamentos, se livrar de dívidas e até economizar dinheiro de uma forma muito mais consciente.
Quando concluí-la e entender o quanto você gasta no mercado, por exemplo, vai conseguir ter plena noção de gastos inúteis e como reorganizar suas prioridades.
Faça um diagnóstico financeiro
De acordo com a Planilha Financeira acima, separe as despesas em quatro tipos: fixas – as despesas que têm um valor igual todo mês, como o aluguel ou a prestação de algum item, por exemplo; variáveis – aquelas cujo valor oscila conforme o consumo, como água ou luz; extras – aquelas que não são fixas e aparecem de repente, como uma emergência médica, o conserto do carro ou entrar no cheque especial, e, por último, as despesas adicionais – aquelas que você escolhe fazer, como ir para uma balada, um restaurante, ou viajar para passear.
Corte gastos (supérfluos ou não)
Você pode, sim, reduzir em até 30% as despesas variáveis (o segundo ponto acima) apenas adotando medidas de economia, como apagar luzes do quarto como ir para a sala, trocar um eletrodoméstico que gasta muita energia por um mais econômico, economizar água fechando a torneira enquanto escova os dentes, e até trocar o plano de telefone. Cortar as despesas adicionais também é obviamente importante: sabe aquele barzinho que você insiste em ir toda sexta-feira? Que tal trocar, pelo menos por um tempo, por uma reunião de amigos em casa?
Ou, quem sabe, ir no bar apenas duas vezes por mês, em vez de partir para lá todos os finais de semana?
Fique de olho nos planos de fidelidade
Pegar o plano anual de uma academia que você sequer frequenta diariamente parece mesmo uma boa ideia? Se não usar, é dinheiro jogado fora. Não adianta pagar e não ir! Tente trocar o pacote por exercícios em casa ou caminhadas na rua, e opte por um plano mais ameno da academia, como frequentar, por exemplo, apenas 3 vezes por semana aulas de musculação ou ginástica.
Cuidado com as pequenas despesas
As pequenas despesas diárias e frequentes são perigosas porque, quando somadas, resultam em uma perda enorme de dinheiro. Um café custa em média R$ 4, se você tomar cinco por semana, vai gastar R$ 20; no mês, R$ 80. Uma boa ideia para resolver esse problema é fazer o seu próprio café – a mesma analogia vale para qualquer outro pequeno gasto diário que possa ser substituído.
Diminua as despesas fixas
Digamos que você assiste a melhor rede de TV por assinatura – ou tenha um plano na academia, outro plano na escola de dança e outro plano no curso de luta. Será que não é melhor fazer trocas e otimizar esses gastos fixos?
As despesas fixas dão mais trabalho porque implicam mudanças no padrão de vida, mas, se elas estão muito acima da sua capacidade financeira, é preciso planejar essa mudança. Paga muito no aluguel? Que tal morar em um condomínio mais barato? Será que você precisa mesmo de um carro na garagem? Quanto você está gastando naquela aula de boxe que nem frequenta? Repense.
Mantenha-se prevenido
Você por acaso já criou ou já pensou em criar uma reserva de emergência? É possível economizar quando você se prepara para as despesas extras! Crie essa reserva de emergência programando a manutenção do carro, conferindo o extrato bancário para não entrar no cheque especial, e tomando outras atitudes preventivas.
Diminua o seu padrão de gastos no lazer
Depois de analisar a sua Planilha Financeira, veja onde você gasta mais dinheiro e faça trocas. Em vez de comer fora, como já falamos acima, convide os amigos para um jantar em casa. Opte por programas gratuitos para se divertir e saídas econômicas aos finais de semana.
Compartilhe as despesas
Já pensou em pegar carona e dividir o uso do carro? Ou, quem sabe, fazer compras conjuntas na empresa para que todos possam dividir o café da manhã sem gastar uma grana absurda? Além de te fazer economizar dinheiro, essa ideia também vai te aproximar de amigos e te fazer conhecer gente nova.
Pague as contas no mesmo dia
Para não se perder (e facilitar a sua vida), mude a data de vencimento de todas as suas contas fixas para logo depois de receber o seu salário. Quando o dinheiro entrar, você já paga logo tudo o que deve, e o que restar na conta será o dinheiro disponível para o resto do mês.
Separe um dia para não gastar
Muitas vezes – na maioria delas, na verdade – nós compramos por hábito, não por necessidade. Então, escolha um dia (de forma realista) para não gastar com coisa alguma. Leve comida para o escritório, pegue carona, vá andando, enfim, use a criatividade! O importante é entender que é você quem controla o dinheiro, não o contrário.
(Fonte: MHM)
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