O limite do cheque especial pode ser um grande benefício, considerando que é um crédito pré-aprovado liberado instantaneamente. No entanto, o mesmo recurso pode não ser tão vantajoso quando não é bem utilizado ou administrado.
Saiba como reduzir ou cancelar o limite do cheque especial, evitando assim entrar no vermelho, sem necessidade – mesmo quando não utilizar o valor.
Novas regras do cheque especial
Sabe aquele dinheiro extra que está ali, disponível para quando precisar? Esse crédito alternativo fácil e prático, pode se tornar um verdadeiro vilão financeiro, se não forem tomados os devidos cuidados.
A grande questão não está em usar ou não o cheque especial, mas sim em como utilizá-lo de forma prudente e segura, ou seja, de forma consciente. E para isso, é necessário saber exatamente como o cheque especial funciona.
O limite disponibilizado varia em função de diversos fatores. No entanto, o que é certo é que, se precisar, o titular da conta tem acesso facilitado, sem necessidade de passar por nenhuma análise ou avaliação de crédito.
Mas mesmo com novas regras, toda essa facilidade tem um custo. Recentemente, entrou em vigor uma nova regra que impõe um limite na cobrança de juros dessa modalidade que é considerada como um tipo de empréstimo pessoal. Assim, os bancos podem cobrar uma taxa fixa de até 0,75% sobre o limite que exceder R$500 – mesmo que o usuário não faça uso do crédito. Os contratos serão tarifados a partir de 1º de junho de 2020.
Para o caso daqueles usuários que utilizarem o limite há isenção da cobrança dessa taxa. Os juros cobrados não podem ultrapassar 8% ao mês (o que corresponde a cerca de 150% ao ano). Se comparado a outras modalidades de crédito, o cheque especial é um dos mais caros.
Embora algumas instituições tenham decidido isentar o pagamento dessa alíquota fixa, os clientes que não desejarem pagar qualquer valor, podem solicitar a redução ou até mesmo o cancelamento do limite do cheque especial.
Como a adesão é automática e o cancelamento é opcional, é preciso entrar em contato direto com o banco para proceder com a solicitação.
O que é necessário para reduzir ou cancelar o limite do cheque especial?
Na prática, somente a formalização junto ao banco em que é cliente. Sendo assim, o correntista deve procurar pessoalmente o gerente da sua conta ou banco para informar que deseja reduzir ou cancelar o limite do cheque especial. Caso o banco disponibilize outros canais de comunicação, como o autoatendimento, o cliente pode se informar ou fazer a solicitação pelo canal mais adequado.
É importante lembrar que a instituição financeira não pode se opor ou negar a solicitação. Sendo, portanto, obrigada a atualizar o saldo na conta do cliente gratuitamente e sem qualquer ônus.
Se encontrar qualquer problema durante a solicitação ou no processo, o consumidor pode acionar a Central de Atendimento ao Consumidor (SAC) ou ainda a Ouvidoria do Banco para abrir uma reclamação. O prazo médio de atendimento à solicitação é de até 5 dias úteis.
Redução e definição de novos valores
Se preferir, o cliente pode manter o limite dentro dos R$500 ou escolher qualquer outro valor que quiser, ciente que estará sujeito à nova cobrança. Atualmente, cerca de 19 milhões de usuários têm esse limite mínimo. Por outro lado, outros correntistas têm limites proporcionais a movimentação financeira.
Vale lembrar que quando o saldo bancário fica negativo, o limite do cheque especial é acionado automaticamente. Uma boa dica, para não perder o controle financeiro é sempre avaliar o saldo da conta corrente.
Cancelamento do limite do cheque especial
O cliente que optar por cancelar o limite do cheque especial definitivamente pode também ativá-lo a qualquer momento, sem qualquer custo. O banco pode, no entanto, aplicar a taxa pertinente do período sobre o valor do novo limite solicitado.
Geralmente, esse serviço está disponível no autoatendimento e na internet banking, mas somente no caso de alguns bancos. Dessa forma, para reativar o crédito é preciso entrar em contato com o banco.
Embora o cheque especial seja popular exige alguns cuidados, justamente porque as taxas de juros cobradas são maiores. Portanto, em caso de uma urgência financeira, vale a pena também pesquisar outras opções de crédito pessoal. Para saber qual crédito é mais viável é preciso se atentar a taxa de juros e ao Custo Efetivo Total da dívida.
(Fonte: Organizze)